RETROSPECTIVA 2011-12 # 5

Chris Kaman e Emeka Okafor não jogarão pelo Hornets em 2012-13

* Por Lucas Ottoni

Hoje é o dia de encerrarmos as avaliações do elenco do New Orleans Hornets na última temporada. A posição restante é a de pivô, e é até estranho fazer uma análise dos grandalhões do Hornets, pois eles já estão assinados com outras equipes e não fazem mais parte do novo plantel dos zangões. Mas, enfim, se defenderam as nossas belas cores em 2011-12, merecem entrar na retrospectiva. Só que antes de falarmos sobre eles, eu vou listar abaixo as posições que já foram avaliadas aqui no Brazilian Hornet:

ARMADORES (Jarrett Jack / Greivis Vasquez)

ALAS-ARMADORES (Eric Gordon / Marco Belinelli / Xavier Henry)

ALAS (Trevor Ariza / Al-Farouq Aminu)

ALAS-PIVÔS (Carl Landry / Jason Smith / Gustavo Ayon / Lance Thomas)

Agora sim, podemos falar sobre os pivôs do nosso querido Hornets na última temporada:

* CHRIS KAMAN #35

Médias: 29.2 mpg / 13.1 ppg / 2.1 apg / 7.7 rpg / 0.5 spg / 1.6 bpg

Número de jogos: 47 (33 como titular)

Reza a lenda que o pivô germânico teria ficado bastante chateado quando soube que iria para New Orleans, após ter sido trocado para o Hornets (no negócio que enviou o armador Chris Paul para o Los Angeles Clippers, em dezembro de 2011). Assim que desembarcou na Louisiana, Kaman teria pedido uma transferência para algum outro time imediatamente, mas não foi atendido. Contrariado, o pivozão teve que cumprir o contrato (aliás, um belo contrato!), mas a sua atitude inicial não passou despercebida e acabou desagradando alguns executivos da franquia. Mesmo atuando normalmente no início da temporada 2011-12, o alemão (nascido nos EUA) parecia sem clima na terra do jazz, tanto que acabou afastado da equipe no fim de janeiro para ser negociado no mês seguinte. Como as propostas pelo ótimo pivô não foram satisfatórias, o Hornets resolveu reintegrá-lo ao elenco e contar com os seus serviços até o fim do campeonato. De volta à quadra, o Kaman foi nada menos que profissional. Jogou, deu o seu máximo, fez algumas excelentes partidas e mostrou a sua qualidade aos fãs dos zangões. Após o término da competição, ele viu que jogar em New Orleans não foi tão ruim e deixou no ar até a possibilidade de renovar o seu contrato com a equipe e permanecer na cidade, mas a franquia não teria mostrado interesse em um novo acordo. Aos 30 anos de idade, Kaman não se encaixa dentro do atual projeto do Hornets e do técnico Monty Williams: desenvolver jogadores jovens e com energia defensiva. Aliados ao desgaste ocorrido no início da temporada passada, esses fatores acabaram afastando o habilidoso pivô da Louisiana.

PONTO POSITIVO: Ex-All-Star (2010), o Kaman é um pivô muito técnico e com inúmeros recursos ofensivos, além de ser bom apanhando rebotes. Sabe jogar embaixo da cesta, tem um ótimo jogo de pernas e também é eficiente nos arremessos de média distância (veja o vídeo). No Hornets, ele mostrou algumas dessas qualidades e obteve 15 duplos-duplos.

PONTO NEGATIVO: Os seus primeiros meses em New Orleans não foram dos mais agradáveis, já que ele parecia contrariado com a troca que o enviou para o Hornets (o que culminou no seu afastamento do elenco). Além disso, não é um defensor dos mais aplicados, e isso o teria feito cair em desgraça com o técnico Monty Williams.

O FUTURO: Não será em New Orleans. O contrato do Kaman se encerrou no fim do último campeonato, e o Hornets não se interessou em um novo acordo com o jogador. Diante disso, o alemão acabou acertando a sua ida para o Dallas Mavericks, no mês passado. No Texas, ele formará dupla com o seu compatriota Dirk Nowitzki e receberá U$ 8 milhões por 1 temporada.

* EMEKA OKAFOR #50

Médias: 28.9 mpg / 9.9 ppg / 0.9 apg / 7.9 rpg / 0.6 spg / 1.0 bpg

Número de jogos: 27 (todos como titular)

Você pagaria mais de U$ 1 milhão por mês pelos serviços do Emeka Okafor? Pois é, era exatamente isso o que o Hornets estava fazendo há pouco tempo atrás. Um enorme desperdício de “verdinhas”, concordam? E o Okafor na Louisiana foi isso aí: produziu pouco para a fortuna que recebia e nunca se tornou aquele grande pivô que os torcedores esperavam. Em três temporadas atuando com o uniforme dos zangões, o Mek não conseguiu repetir o sucesso do Tyson Chandler e acabou não tendo uma passagem das mais marcantes – mesmo com médias próximas às de um duplo-duplo. Só para resumir: boa postura defensiva, alguns rebotes, um toco aqui e ali, e só. No ataque? Quase nada. Falando mais especificamente da temporada 2011-12, aí é que a coisa foi ainda pior. Por causa de uma misteriosa lesão no joelho esquerdo, o pivô de 29 anos ficou fora de mais da metade da competição e perdeu os últimos meses de disputa. Todos no Hornets sabiam que era preciso dar um jeito de se livrar do Emeka e de seu oneroso contrato, e parece que a franquia já havia tentado negociar o atleta ao longo da última temporada, mas sem sucesso. Então, no dia 20 de junho, o Washington Wizards apareceu e levou o Okafor e o Trevor Ariza para a capital americana, em troca da escolha de draft que nos rendeu o jovem ala Darius Miller. E, honestamente, eu nem me lembro do jogo derradeiro do nosso ex-pivô com o uniforme do Hornets. Como eu havia dito antes, o Emeka teve uma passagem que – definitivamente – não foi das mais marcantes.

PONTO POSITIVO: É a defesa. O Emeka Okafor é um cara atlético e com uma disposição defensiva enorme. É bom para distribuir bloqueios (confira o vídeo) e apanhar rebotes. No entanto, essas qualidades não supriram a sua falta de talento ofensivo nesses três anos de Hornets. Quando o time mais precisou de poder de fogo lá embaixo da cesta, ele pouco apareceu. Contudo, a sua participação na defesa foi positiva.

PONTO NEGATIVO: Um pivô titular que pontua de forma tão modesta não pode resolver os problemas do Hornets. E o Okafor é esse tipo de jogador. Além de não possuir um bom arsenal ofensivo, é fraco na linha de lances livres e ineficiente longe da cesta. Também costuma cometer aquelas infrações de 3 segundos plantado no garrafão, seja na defesa ou no ataque – e isso irrita muito. Em 2011-12, mais uma vez acabou não se destacando.

O FUTURO: Será em Washington, DC. O Hornets precisava se livrar do contrato ruim do Okafor, e acabou conseguindo isso ao enviá-lo para o Wizards. O casamento entre o Emeka e os zangões definitivamente não deu certo, e já era hora de se colocar um ponto final nessa relação. Eu acho que foi bom para ambas as partes.

– Outros pivôs que passaram pelo Hornets (sem grande repercussão) na temporada 2011-12: Jeff Foote, Chris Johnson, Solomon Jones e Darryl Watkins.

* BAIXA NO BANCO: O assistente James Borrego (o do sobrenome esquisito, lembram?), um dos homens de confiança do treinador Monty Williams, aceitou um convite do Orlando Magic e não deverá fazer parte da equipe técnica do Hornets para a temporada 2011-12. Vale lembrar que Borrego foi o comandante dos zangões (1-4) na Summer League de Las Vegas 2012.

* OTIMISMO: O recém-contratado Robin Lopez mal chegou em New Orleans e já mostrou uma enorme animação com o fato de poder formar uma dupla de garrafão com o jovem Anthony Davis. O pivô, ex-Phoenix Suns, elogiou o time do Hornets e garantiu que está saudável e pronto para ajudar os zangões em 2012-13. Só que para nos ajudar, ele precisará fazer melhor do que fez no Arizona. Aliás, muito melhor.

* GAROTO AMBICIOSO: Vejam aqui o que o Anthony Davis andou dizendo nos últimos dias. É disso que eu gosto! Uma ambição que há tempos eu não via lá pelos lados de New Orleans. Pensando desse jeito, parece que o céu é o limite para esse rapaz!

UM JOGADOR DIFERENCIADO

* Por Lucas Ottoni

dois posts atrás, o Brazilian Hornet noticiou que o ala-armador Eric Gordon e o ala-pivô Anthony Davis haviam sido cortados da lista final da estelar seleção americana que irá aos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. Enquanto Gordon parecia mais preocupado com cifras e discursos queixosos, o jovem Davis não escondeu a decepção por ter ficado fora do grupo comandado pelo técnico Mike Krzyzewski, o “Coach K”, em Las Vegas. Mas eis que o destino acabou conspirando a favor do nosso “monocelha” e o colocando novamente entre os astros do USA Team

Após o corte, Davis permaneceu em Las Vegas, onde esperava disputar a Summer League com o Hornets. No entanto, na última quarta-feira (11/07), o ala-pivô Blake Griffin, do Los Angeles Clippers, sofreu uma grave lesão nos treinos da seleção olímpica dos EUA, e veio a notícia de que ele ficaria fora de combate em terras inglesas. E então, quem é que foi chamado para o lugar de Griffin? Ele mesmo, Anthony Davis! E o jovem de apenas 19 anos fez bonito em sua primeira aparição com as feras da NBA. No amistoso da última quinta-feira (12/07), os americanos arrasaram a República Dominicana: 113 a 59. Davis jogou praticamente o último período inteiro, marcou 9 pontos e fez isso aí que você viu no vídeo acima. E, pela imagem abaixo, nem é preciso dizer que ele caiu nas graças do público americano…

Já no amistoso de ontem, contra a seleção brasileira, lá em Washington, a coisa foi mais complicada. O jogo acabou sendo difícil para os americanos, e o “Coach K” preferiu poupar o Davis e deixar que os mais experientes resolvessem a parada. Portanto, o ala-pivô do Hornets não atuou na vitória do USA Team sobre a nossa amada pátria: 80 a 69. Algum problema? Nenhum! O fato é que o Anthony Davis é um privilegiado. Ele é o único calouro da NBA que está tendo a oportunidade de conviver com astros consagrados do basquetebol mundial. Certamente, é uma experiência única e muito mais edificante do que disputar uma Summer League – com todo o respeito que esse importante torneio merece. Mas estar dentro de um grupo com Kobe Bryant, LeBron James, Kevin Durant, Chris Paul, Deron Williams, Kevin Love, etc., e aprender com esses caras é um diferencial que outros jovens atletas que estão entrando na liga profissional americana não terão. E isso também mostra o quão diferenciado é o Anthony Davis. Ele atingiu esse patamar de jogador da equipe olímpica americana sem ter disputado sequer um único jogo de NBA.

* Clique aqui e siga o Anthony Davis no Twitter!

Pelo visto, ainda não há uma confirmação de que o Davis irá para Londres com as estrelas do USA Team, mas tudo leva a crer que isso realmente aconteça. Então, nós, fãs do Hornets, só podemos ficar felizes por ele e desejar que ele aproveite bastante e também aprenda com os melhores. Enjoy, Anthony!

OBS: Mais para frente, nós faremos posts sobre cada um dos calouros (de 2012) do New Orleans Hornets. A ideia é contar um pouco das histórias dos caras, o que eles fizeram até chegarem na NBA, as dificuldades que passaram, etc. Então, teremos muito mais sobre Anthony Davis. Aguardem…

* ERIC GORDON: A novela sobre o destino do ala-armador finalmente chegou ao fim. Como era esperado, o Hornets igualou a oferta do Phoenix Suns (U$ 58 milhões por 4 temporadas) e manteve o atleta na Louisiana. É um cara talentoso e que será importante para o nosso time, desde que se mantenha saudável e apresente uma atitude minimamente profissional. Nós ainda vamos publicar um post sobre o caso do Gordon – que deverá ir ao ar em breve.

* CHRIS KAMAN: O pivô alemão – que era um agente livre irrestrito – acertou a sua transferência para o Dallas Mavericks, onde jogará ao lado de seu compatriota Dirk Nowitzki. Pois é, vai fazer falta ao Hornets. Mas, de qualquer forma, boa sorte para ele lá no Texas.

* SUMMER LEAGUE 2012: A garotada do Hornets já realizou dois jogos em Las Vegas. Perdeu ambos. Motivo para preocupação? Nem tanto. Se tudo der certo, o post sobre o torneio de verão vai sair aqui no BH até o fim da semana. GO RIVERS!!!

RETROSPECTIVA 2011-12 # 4

Os alas-pivôs: Carl Landry, Jason Smith, Gustavo Ayon e Lance Thomas

* Por Lucas Ottoni

Após a loucura do draft (We got Anthony Davis!), estamos de volta com a nossa avaliação do elenco do New Orleans Hornets (21-45, último colocado da Conferência Oeste) na temporada 2011-12 da NBA. Até o momento, já analisamos os ARMADORES, os ALAS-ARMADORES e os ALAS da equipe dos zangões. Então, hoje é um ótimo dia para falarmos sobre os ALAS-PIVÔS, aqueles caras altos que atuam na posição 4 – mais perto da cesta – e gostam de dar umas trombadas, apanhar rebotes, enterrar e mostrar que também sabem arremessar de média distância, quando preciso for. No caso do Hornets, quatro jogadores desse setor acabaram tendo alguma história para contar no último campeonato. Vamos a eles? Ok…

* CARL LANDRY #24

Médias: 24.4 mpg / 12.5 ppg / 0.9 apg / 5.2 rpg / 0.3 spg / 0.3 bpg

Número de jogos: 41 (8 como titular)

No fim do ano passado, o bom ala-pivô Carl Landry recebeu do Hornets um vantajoso contrato de U$ 9 milhões para jogar a última temporada. Uma verdadeira bolada! O fato é que ele teve um ótimo desempenho na primeira fase dos playoffs de 2011 (quando os zangões perderam para o Los Angeles Lakers, em seis partidas), o que acabou motivando a franquia da Louisiana a oferecer esse montão de dinheiro para contar com os seus serviços por mais um campeonato. Honestamente, amigos? Eu posso conviver com isso. Afinal, o Hornets foi coerente e apostou as fichas em um jogador que havia rendido muito bem e deixado uma impressão positiva. Mas então a bola subiu para 2011-12, e não demorou muito para que o Carl Landry começasse a não justificar o acordo milionário. O atleta de 28 anos iniciou a temporada como titular e obteve minutos consideráveis do treinador Monty Williams. Porém, com o passar dos jogos, ele foi perdendo espaço e acabou relegado ao banco de reservas. O que o fez cair em desgraça com o sr. Monty teria sido a sua falta de aplicação e comprometimento ao longo das partidas e treinos. O técnico dos zangões deixou de ver o Landry como uma liderança dentro do elenco, vamos colocar assim. E além do mais, o ala-pivô também sofreu uma contusão no joelho esquerdo no início de fevereiro e ficou afastado do time por quase 2 meses. Voltou e alternou belas partidas com atuações discretas. E foi isso. Resumo da ópera: não ajudou o Hornets como poderia (e deveria). Tecnicamente, o Landry é um ótimo jogador e possui inúmeros recursos ofensivos, não há dúvidas quanto a isso. Tem um bom arremesso, se movimenta bem e sabe jogar embaixo da cesta.  Porém, a sua ética de trabalho duvidosa indica que ele não vale o que recebeu na última temporada.

PONTO POSITIVO: O Landry chegou a fazer algumas partidas muito boas. Estando focado e comprometido, ele pode representar um verdadeiro tormento para as defesas adversárias. O seu arsenal ofensivo é bem completinho (veja uma bela enterrada dele no vídeo abaixo), e ele conseguiu alguns duplos-duplos em 2011-12.

PONTO NEGATIVO: Foi a falta de aplicação e comprometimento do ala-pivô em determinados momentos da temporada. Algo que rendeu, inclusive, críticas públicas – ainda que indiretas – do técnico Monty Williams. A postura do Landry, principalmente fora de quadra, teria deixado o treinador do Hornets bastante incomodado.

O FUTURO: Com a chegada do promissor Anthony Davis e a contratação do eficiente Ryan Anderson, tudo leva a crer que o Carl Landry não estará em um uniforme do Hornets em 2012-13. O ala-pivô é agente livre irrestrito e pode se transferir para onde bem entender, basta que haja ofertas. E os zangões não deverão apresentar uma a ele.

* JASON SMITH #14

Médias: 23.7 mpg / 9.9 ppg / 0.8 apg / 4.9 rpg / 0.5 spg / 1.0 bpg

Número de jogos: 40 (29 como titular)

Aí está um jogador que eu gostei demais de assistir na última temporada. O Jason Smith parece ter melhorado absolutamente todos os aspectos do seu jogo, principalmente em relação ao seu ano de estreia no Hornets (2010). As médias de pontos, assistências, rebotes, roubos, bloqueios e minutos por partida que ele apresentou em 2011-12 são as melhores de sua carreira (ele está na NBA desde 2007), e isso não é somente um festival de números e dados que você olha, compara e logo depois esquece. Saindo das estatísticas e observando as atuações dele, dá para notar que o sujeito mostrou uma ótima evolução em quadra. Ele sempre teve muita energia e um bom arremesso de média distância, e só. Mas o que vimos no campeonato que passou foi um Jason Smith defendendo com muito mais consciência e consistência (aquelas faltinhas infantis diminuíram demais), se notabilizando por bloquear grandes jogadores e apresentando alguns dunks (enterradas) bem legais – algo que ele não fazia com tanta frequência. O ala-pivô de 26 anos melhorou o seu tempo de bola e principalmente a sua movimentação na quadra e o trabalho de pernas. E o arremesso continua ali, eficiente. É claro que o Jason Smith não virou o “novo Tim Duncan” da noite para o dia, não é isso. Eu o vejo como uma peça para compor o elenco e ajudar saindo do banco de reservas. Mas é muito legal quando a gente nota que um atleta trabalhou duro e mostrou evoluções. E é justamente esse o caso do Jason Smith. Não é um jogador brilhante, mas é esforçado e – graças a isso – consegue ter lapsos de brilho no seu jogo. O Hornets “ganhou” um bom nome.

PONTO POSITIVO: Em uma temporada nada vitoriosa para o Hornets, o desempenho do Jason Smith foi um dos poucos motivos que os fãs dos zangões tiveram para celebrar. Os bloqueios maravilhosos e os dunks animais do nosso ala-pivô merecem ser lembrados (no vídeo abaixo, um pouco do arsenal ofensivo do Smith).

PONTO NEGATIVO: Eu posso destacar dois aqui. O primeiro foi uma concussão que ele sofreu no início de fevereiro, que o afastou dos jogos por mais de 1 mês. O segundo foi uma suspensão de duas partidas, após ter cometido uma falta um pouco mais forte em cima do ala-pivô Blake Griffin, do Los Angeles Clippers. Enfim, coisas que acontecem em um campeonato longo e disputado como a NBA, não é mesmo?

O FUTURO: Eu não vejo o Smith jogando em outro lugar que não seja New Orleans – pelo menos, na próxima temporada (ele tem mais 2 anos de contrato com o Hornets). Claro, na NBA tudo pode acontecer, e nunca dá para descartar uma troca surpreendente ou algo do tipo. Todavia, nós temos aqui um atleta que apresentou uma bela evolução, e eu estou bastante curioso para saber como ele irá se apresentar em 2012-13. Esperamos que ele continue conosco, correto?

* GUSTAVO AYON #15

Médias: 20.1 mpg / 5.9 ppg / 1.4 apg / 4.9 rpg / 1.0 spg / 0.8 bpg

Número de jogos: 54 (24 como titular)

É estranho estar aqui escrevendo a respeito do Gustavo Ayon, quando ele nem é mais jogador do Hornets (aliás, boa sorte para ele em Orlando). Porém, como o que vale neste espaço é a análise do que o cara fez em 2011-12, nós vamos ter de falar sobre o ala-pivô mexicano. Afinal, o Ayon jogou a sua temporada de estreia na NBA com um uniforme dos zangões e não decepcionou. Para princípio de conversa, o bravo atleta já chegou nos EUA tendo que superar uma enorme barreira: ele não falava quase nada de inglês e deve ter sofrido um bocado nos primeiros treinamentos, viagens e partidas do Hornets. Aos 27 anos de idade e com boa experiência no basquete espanhol, o Ayon teve de se adaptar minimamente ao estilo de jogo da NBA e também ao idioma e modo de vida dos americanos. Complicado, não é mesmo? Pois é, mas o rapaz não correu do desafio e fez jogos bem interessantes (alguns até como titular) quando foi solicitado pelo técnico Monty Williams. É preciso dizer que a adaptação do Ayon à NBA ainda não está concluída (mas isso agora é um problema do Orlando Magic), e a primeira temporada que ele teve com o Hornets deve ter sido um bom aprendizado para o mexicano. O que eu mais gostei de ver no “Goose” (apelido inventado pelo armador Jarrett Jack) foi a sua energia e vontade em quadra, tanto para defender quanto para atacar a cesta. Digamos que ele seja aquele jogador voluntarioso, que se esmera para aprender um pouquinho a cada noite. Ele cometeu um monte de erros, é claro, mas também mostrou algumas qualidades. É um bom reboteiro, é ágil para o tamanho que tem (2,08m) e possui um arremesso decente e um trabalho de pernas adequado, além de defender com disposição. Enfim, o Ayon é o tipo de atleta que ainda precisa pegar um pouco mais de cancha na NBA para render tudo o que sabe. Eu não acredito que ele chegue a ser um nome muito relevante na liga algum dia, mas tem tudo para se tornar um reserva dos mais eficientes para muitos times. O Hornets deu apenas o primeiro empurrãozinho, e ele não se saiu tão mal. Mis mejores deseos en la Florida, estimado Gustavo!

PONTO POSITIVO: O “Goose” conseguiu anotar duplos-duplos em duas partidas na última temporada. No dia 15 de fevereiro, ele obteve 12 pontos e 12 rebotes no jogo contra o Milwaukee Bucks. Dois dias depois, foram 13 pontos e 11 rebotes diante do New York Knicks. Detalhe: o Hornets venceu ambos os duelos atuando fora de casa (no vídeo abaixo, outra boa partida do Ayon pelos zangões).

PONTO NEGATIVO: As dificuldades de adaptação ao estilo de jogo da NBA e ao idioma inglês acabaram representando um entrave para o Ayon em sua temporada de estreia. Mesmo aos 27 anos, ele é um atleta inexperiente dentro da liga e dificilmente mostrará grandes evoluções em 2012-13.

O FUTURO: Será na Disney. O Gustavo Ayon acabou incluído na transação que enviou o ala-pivô Ryan Anderson de Orlando para New Orleans. O negócio foi concretizado nesta quarta-feira e ganhará – em breve – um post exclusivo aqui no BH (ver na sessão Ferroadas). Portanto, o Anderson se torna jogador do Hornets, enquanto o mexicano atuará pelo Magic.

* LANCE THOMAS #42

Médias: 15.0 mpg / 4.0 ppg / 0.3 apg / 3.0 rpg / 0.2 spg / 0.2 bpg

Número de jogos: 42 (10 como titular)

Eu sei que alguns aí irão “torcer o nariz” para uma análise sobre o Lance Thomas, mas é preciso dizer que o cara jogou 42 jogos com o uniforme do Hornets na última temporada regular, ou seja, mais da metade das partidas que os  zangões realizaram no campeonato (um total de 66). Então, meus amigos, falemos sobre o glorioso Thomas: ele é um ala-pivô de 24 anos que teve passagens pela Liga de Desenvolvimento da NBA (NBDL) e acabou recebendo uma chance de mostrar serviço no nosso time. O fato é que o Lance Thomas parece aquele tipo de jogador que você contrata para ficar ali, compondo o seu elenco, ajudando nos treinos e entrando em quadra o menos possível. Se houver um eventual desfalque, ele vai lá e tenta se virar com os minutinhos que receber. E foi exatamente isso o que ele fez para o Hornets em 2011-12. Foi uma espécie de “tapador de buracos”, sem querer desmerecer o rapaz. E o mais estranho de tudo é que ele iniciou a temporada com os zangões, foi dispensado no dia 31 de dezembro de 2011 e recontratado pouco mais de 1 mês depois. Uma verdadeira loucura, não é mesmo? Enfim, ele voltou e foi ficando na equipe até o término do campeonato. Obviamente, as lesões sofridas pelo Carl Landry e pelo Jason Smith (que renderam semanas de inatividade a ambos) foram decisivas para que o Lance Thomas fosse permanecendo em New Orleans. Dentro de quadra, ele mostrou ser um atleta esforçado, porém limitado tecnicamente. Fez uma ou duas partidas interessantes e nada mais. Logo, dizer que ele decepcionou nem seria correto, pois já não se esperava muita coisa mesmo.

PONTO POSITIVO: No dia 09 de março, contra o Denver Nuggets, o Lance Thomas fez a sua melhor partida com o uniforme do Hornets. Ele saiu do banco de reservas para anotar 18 pontos (cestinha do time) e apanhar 5 rebotes, em 30 minutos de ação. Os zangões acabaram perdendo o jogo no Colorado (veja o vídeo com os melhores momentos), mas o ala-pivô teve a sua noite de fama em 2011-12.

PONTO NEGATIVO: Infelizmente, o jogo do nosso parceiro Lance Thomas carece de inúmeros recursos. Ele é um cara batalhador, mas possui falhas gritantes do ponto de vista técnico. Não tem grande habilidade na condução da bola – o que torna a sua movimentação previsível -, apresenta uma defesa apenas razoável, raramente consegue criar o próprio arremesso e é baixo para a posição de ala-pivô (2,03m), fato que dificulta bastante o seu trabalho perto da cesta. Enfim, o Thomas é o típico atleta para compor o elenco, caso não haja opções melhores.

O FUTURO: Por ser um jogador que trabalha duro e possui experiência em seleções de base, o Thomas participou de alguns treinamentos da equipe americana que se prepara para as Olimpíadas de Londres. E o cara segue batalhando… Ele também jogará a Summer League de Las Vegas com o Hornets sabendo que um bom desempenho poderá significar um novo contrato. Vale lembrar que o ala-pivô é um agente livre irrestrito e não tem vínculo com qualquer franquia.

* CORTES: Isso é da semana passada, mas vale o registro. O ala-armador Eric Gordon e o ala-pivô Anthony Davis foram convocados para os treinamentos da seleção americana em Las Vegas, mas acabaram não entrando na lista final do grupo que disputará as Olimpíadas de Londres. O Davis se apresentou com um tornozelo machucado (nada grave), e o Gordon perdeu a vaga – provavelmente – para o ótimo James Harden, do Oklahoma City Thunder.

* TANTA COISA PARA FALAR…: Ryan Anderson chegando, Jarrett Jack e Chris Kaman saindo, Eric Gordon querendo sair, Summer League com Anthony Davis, etc. Nesta Sexta-feira 13 (sugestivo?), teremos um post que reunirá todos esses assuntos aqui no Brazilian Hornet. Não percam!

A ESCOLHA DE AUSTIN RIVERS

O ala-armador de Duke foi mesmo a melhor opção para o Hornets?

* Por Lucas Ottoni

A poeira do draft já baixou, e todos estamos olhando para as movimentações das equipes da NBA em busca de reforços no mercado de agentes livres, isto é, aqueles jogadores cujos contratos venceram e que, por isso, estão aptos a assinar com qualquer franquia. Contudo, eu ainda me sinto obrigado a falar sobre o jovem Austin Rivers, ala-armador selecionado pelo New Orleans Hornets na noite de 28 de junho. Assim que o comissário da liga, David Stern, anunciou o nome do garoto de 19 anos na escolha de número 10, eu me peguei pensando: “Puxa, será que foi a melhor opção?”. É óbvio que a aquisição do Rivers não chegou a me surpreender, mas me causou um certo receio, confesso. Nos parágrafos abaixo, eu vou tentar explicar o porquê desse meu ceticismo em relação ao talentoso Austin Rivers…

Bom, em primeiro lugar, é preciso dizer que o Rivers é um jogador dos mais promissores. Medindo 1,93m de altura, ele é bastante ágil, possui uma enorme capacidade para pontuar e atacar a defesa adversária, e não costuma se omitir nos momentos decisivos das partidas. É o tipo de atleta que – por um lado – encaixa bem no Hornets, já que o nosso elenco mostrou carências ofensivas gritantes na última temporada. No entanto, o Rivers traz com ele um pacote que pode ser dos mais arriscados para um time como o nosso, que busca uma afirmação. Eu explico: ele parece ter um ego enorme, sempre foi o centro das atenções por onde passou, possui uma necessidade quase doentia de ter a bola nas mãos e não é o tipo de cara que se contenta em jogar para fazer a equipe dele melhor. Pegando tudo isso, todo esse talento e todas essas questões que ele pode vir a apresentar, não dá para dizer que a escolha dele vai agradar a todos. É aquilo: ame-o ou odeie-o. No meu caso, eu prefiro analisar o Austin Rivers no Hornets de uma maneira mais profunda, sem amor e nem ódio no coração. Senão vejamos…

Austin Rivers: talento e estrelismo?

Assim que o Rivers foi selecionado, o treinador do Hornets, Monty Williams, disse que a ideia dele era lançar o jovem produto da Universidade de Duke como um armador. Sim, uma espécie de combo guard (um mix de PG e SG). Dessa forma, o Austin “Rios” e o Eric Gordon (caso permaneça em New Orleans) poderiam coexistir em quadra. Uau! Eu só gostaria de saber o seguinte: como é que um jogador que nitidamente não possui a menor característica de armação – e que obteve média de apenas 2 assistências por jogo na universidade – poderá atuar como armador logo em sua primeira temporada na NBA? Se Rivers e Gordon jogarem juntos, quem terá a bola nas mãos? E quem é que irá armar, se é que alguém irá armar alguma coisa? Essa ideia do Monty Williams não ficou muito clara para mim. Na minha cabeça, o Austin Rivers foi selecionado justamente para ser o reserva do Eric Gordon. Um Sexto Homem, para entrar e colocar faísca nos jogos. Ele teria vindo para desempenhar um papel que poderia ser cumprido por qualquer atleta que possua o mínimo de talento ofensivo (Jamal Crawford? Marcus Thornton? Jason Terry?). Um backup (reserva) legal que sabe marcar pontos. E só. Honestamente, alguém aí acha que o Rivers pode jogar como armador principal do Hornets? Eu não consigo imaginar isso de forma alguma, e espero que o Monty Williams esteja só brincando, afinal os técnicos também merecem se distrair de vez em quando, não é mesmo?

* New Orleans Hornets Brasil: o Hornets e o draft de 2012

Um outro fato interessante – e que deve ter pesado para que o jovem Rivers fosse escolhido – é a proximidade entre Monty Williams e Doc Rivers, o técnico do Boston Celtics. Todo mundo sabe que o Austin é filho do Doc, que, por sua vez, foi companheiro do Monty na época em que ambos eram jogadores da NBA. E não é só isso. Doc chegou também a ser treinador do atual coach do Hornets entre 1999 e 2002. É pouca coisa? Claro que não. Vale dizer, inclusive, que o Monty Williams convive com o Austin Rivers desde que o ex-jogador de Duke era uma criança. É uma relação de longa data que reforça ainda mais essa opção que o Hornets fez com a sua 10ª escolha. Ah, eu não estou querendo ser maldoso aqui, hein? Não dá para afirmar que os zangões pegaram o Austin só por causa da relação antiga que ele possui com o técnico da franquia de New Orleans. O garoto é talentoso e sabe fazer belas cestas, mas essa proximidade pode ter influenciado na escolha sim, e como nós estamos tentando entender os motivos que levaram o Hornets a selecionar o Austin Rivers, não dá para omitir isso aí. O fator talento não foi o único a ser levado em consideração no momento em que o ala-armador foi anunciado como jogador do nosso time. Não mesmo.

O técnico Doc Rivers, do Boston Celtics, é pai do jovem jogador do Hornets

Durante o período de Workouts (treinos realizados pelas franquias com os atletas inscritos no draft), o Monty Williams cansou de falar que o Hornets necessitava de altura, tamanho e capacidade de pontuação embaixo da cesta. Inclusive, boa parte da imprensa de New Orleans apostava que a franquia fosse utilizar a 10ª escolha para selecionar um jovem pivô (Tyler Zeller? Andre Drummond? Meyers Leonard?), posição carente dentro do elenco dos zangões – principalmente após a saída do Emeka Okafor. Acontece que o Rivers teria impressionado nos treinos promovidos pelo Hornets, e aí houve o seguinte consenso dentro da organização: vamos pegar o maior talento disponível, independentemente das características do jogador ou das necessidades da equipe. Na minha modesta opinião, isso é um erro. Eu não concordo com a ideia de colocar o entusiasmo de um treino ou o grau de relação com um determinado jogador (sem querer ser maldoso) acima das necessidades ou carências de um elenco. Isso é o mesmo que se deixar levar pelas doces águas da emoção e esquecer completamente da tal razão. Resumo da ópera: para mim, está mais do que claro que a melhor opção para o Hornets com a 10ª escolha teria sido um pivô. É questão de necessidade, de ajuste. E o Austin Rivers não foi o melhor ajuste que o time poderia conseguir, principalmente em um draft que teve como principal atrativo a ótima qualidade dos homens de garrafão.

Austin Rivers e Anthony Davis

Com a escolha do Austin Rivers, o Hornets perdeu uma bela oportunidade de formar um garrafão de muito futuro, com dois jovens talentosos que teriam tudo para evoluir juntos e também dominar as ações embaixo da cesta – lembrando (realmente precisa?) que pegamos o inquestionável ala-pivô Anthony Davis, com a 1ª escolha do draft. Agora, inevitavelmente, os zangões terão de buscar um pivô no mercado de agentes livres. E pivôs com experiência na NBA costumam cobrar muito caro por seus serviços, mesmo os mais medianos – que é o que deveremos conseguir. Enfim, teremos que abrir os cofres – diminuindo o nosso espaço salarial -, quando poderíamos ter simplesmente escolhido um pivô jovem, promissor e muito mais barato no draft. Isso seria olhar para o futuro e para o melhor ajuste. Supriria uma grave carência do elenco sem sangrar na folha de pagamentos. Todavia, o Hornets preferiu seguir os caminhos da emoção e trocar o melhor ajuste (um pivô) pelo melhor talento, coloquemos assim. Para ser mais claro: a franquia selecionou um jogador com características similares às do Eric Gordon, que não tem o menor cacoete de armador, que possui um certo ego e a necessidade de ter a bola nas mãos, e que, a princípio, funcionaria melhor como um Sexto Homem. Em vez disso, poderia ter apanhado um jogador em falta no elenco, para complementar o jogo do Anthony Davis e formar com ele uma dupla de garrafão muito promissora e dominante para o futuro. E então? Diante desse panorama, é preciso dizer qual das duas situações se encaixaria melhor para o Hornets? Eu acho que não.

* Spurs Brasil: A nova potência da Conferência Oeste (sobre o Hornets)

Ok, é claro que este post reflete apenas a minha opinião, e ninguém é obrigado a concordar com ela. Além do mais, o Austin Rivers pode muito bem “calar a minha boca” e se tornar um jogador de grupo, essencial ao time, um parceiro excelente para o Eric Gordon, um armador talentoso, um futuro All-Star, um dos grandes nomes da liga. E depois eu serei obrigado a reconhecer que o Hornets acertou em cheio ao escolher o filho do Doc no draft. É justamente isso o que torna a NBA tão especial e imprevisível. Você simplesmente não sabe o que poderá acontecer. No fim das contas, não existe uma lógica ou uma certeza para absolutamente nada. Principalmente quando estamos falando de um jovem talentoso que está prestes a debutar como profissional. Hoje, a minha opinião é exatamente a que está postada aqui. Para mim, o Rivers acabou não sendo a melhor opção para o Hornets (com a 10ª escolha). Mas e daí? Dentro de alguns meses, eu poderei estar mudando de ideia. Isso é a NBA. De qualquer forma, seja muito bem-vindo à família, Austin Rivers. E “cale a minha boca”, se puder. Eu vou adorar isso!

OBS: O ala-armador Eric Gordon – que é um agente livre restrito – teria demonstrado forte interesse em se transferir para o Phoenix Suns. Inclusive, a franquia do Arizona fez a ele uma ótima proposta de U$ 58 milhões por quatro temporadas, que foi prontamente aceita. O Hornets, no entanto, está no direito de igualar a oferta para manter o jogador em New Orleans. Ok, mas será que vale a pena segurar um cara que não parece muito afim de jogar para a nossa franquia? Talvez, já pensando nesse risco, os zangões tenham escolhido o Austin Rivers no draft. Aí, tal opção pode fazer muito mais sentido, pois o Rivers seria um substituto imediato para o Eric Gordon. Então, só nos resta aguardar o desenrolar do caso para saber onde e como o Rivers entrará no nosso time. Mas se o Gordon permanecer, eu vou continuar achando que a escolha do Austin foi um tiro n’água. Até que ele me prove o contrário.

* Gostou da escolha do Austin Rivers? Não? Então, nos diga quem é que você pegaria com a pick number 10! Clique aqui e vote!

* AGÊNCIA LIVRE: A partir do dia 1º de julho, os jogadores que não estão sob contrato se tornaram os principais alvos das equipes da NBA em busca de reforços. O momento é de muita negociação, ofertas e até mesmo trocas. O nosso querido New Orleans Hornets ainda não contratou nenhum agente livre. Mas isso poderá acontecer de uma hora para outra. Fiquem ligados!

* New Orleans Hornets Brasil: Hornets e a matemática da Free Agency

* CHRIS KAMAN: O bom pivô alemão é um agente livre irrestrito e pode se transferir para onde bem entender. Carente de pivôs, o Hornets deveria tentar pegá-lo de volta. Experiente, ele tem tudo para ser um ótimo tutor para o Anthony Davis.  O que vocês acham?

* RETROSPECTIVAS: Ainda temos duas delas para postar (PF e C). Em breve, elas irão aparecer aqui no BH. Não se preocupem. Para quem ainda não conferiu as nossas análises anteriores, é só clicar em PG, SG e SF. Boa leitura.

UM MOVIMENTO NECESSÁRIO

Emeka Okafor e Trevor Ariza foram enviados para o Washington Wizards

* Por Lucas Ottoni

Bom, eu sei que isso tem cheiro de semana passada, mas como foi um acontecimento importante para o futuro da franquia, a gente vai falar um pouquinho sobre a troca envolvendo o nosso querido New Orleans Hornets e o Washington Wizards. A minha demora tem uma explicação: eu estive viajando por uns dias e sobrou muito pouco tempo para me dedicar ao BH, então é hora de correr atrás do prejuízo e analisar o que as saídas de Trevor Ariza e Emeka Okafor poderão representar para os zangões. O surpreendente (eu não esperava) comércio entre Hornets e Wizards foi sacramentado na última quarta-feira (20/06) e consiste no seguinte:

– O Wizards recebe: Trevor Ariza + Emeka Okafor

– O Hornets recebe: Rashard Lewis + a 46ª escolha no draft de 2012

Vocês, parceiros que acompanham o Brazilian Hornet há algum tempo, sabem que eu sempre fui a favor de trocarmos o Okafor (Aleluia!). E também sabem que eu nunca considerei o Trevor Ariza um jogador essencial ao elenco do Hornets, embora ele seja um defensor de perímetro dos mais eficientes. Isto posto, eu só posso dizer que a troca foi maravilhosa para a franquia da Louisiana! Quanto ao Wizards, eles receberam dois atletas que certamente irão tornar o time muito melhor defensivamente e com chances de lutar por um lugarzinho entre os Top 8 do Leste. Mas voltemos ao Hornets…

* Veja aqui a retrospectiva de Trevor Ariza em 2011-12

Agora que vocês já sabem que eu gostei demais da troca, vou explicar os motivos do meu entusiasmo. Em primeiro lugar, o Emeka Okafor iria comer U$ 13,5 milhões da folha salarial do Hornets na próxima temporada – e mais U$ 14,5 milhões em 2013-14.  São ganhos altíssimos para um pivô que esteve por 3 anos em New Orleans e nunca mostrou a consistência que dele se esperava. Em segundo lugar, vem o ala Trevor Ariza e o seu salário de U$ 7,3 milhões. Honestamente? Eu não acho que os vencimentos do Ariza sejam tão absurdos assim. No entanto, (repetindo) ele não é um jogador essencial aos zangões, e é muito melhor ceder ele do que uma escolha nº 10 (como se especulava) no comércio com a turma de Washington, concordam? Então, ao realizar essa jogada, o Hornets estaria liberando uma nota preta de sua folha de pagamentos. Calma, eu disse ESTARIA

Rashard Lewis deverá ser dispensado

Sim, chegou o momento de olharmos para o decadente ala Rashard Lewis e o seu absurdo contrato expirante de U$ 23,8 milhões a serem pagos em 2012-13. Um disparate, não é mesmo? Pois bem, ao receber o jogador do Wizards, o Hornets teria de arcar com essa enormidade de dinheiro na próxima temporada. Ah, mas eu disse TERIA… E é aí que entra o detalhe que deixa essa transação ainda melhor para a galera da Louisiana: na NBA, é possível se utilizar de uma prática conhecida pelo nome de Buyout. Ok, mas que diabos é isso? Eu explico: o Buyout acontece quando um jogador e o seu time entram em um acordo para que uma certa quantia do salário dele seja paga de uma vez. Dessa forma, o atleta seria dispensado da equipe sem mais nenhuma obrigação contratual, sacaram? Então, sanada a dúvida, é praticamente certo que deverá rolar um Buyout entre o Hornets e o Lewis. Os zangões se comprometeriam a pagar uma quantia de U$ 13,7 milhões do salário do jogador e o dispensariam até o dia 1º de julho. Com essa economia, a franquia de New Orleans terá uns U$ 10 milhões de dólares a mais disponíveis na folha salarial – além do alívio financeiro com as saídas dos contratos de Okafor e Ariza!

* Clique aqui e veja a atual folha de pagamentos do Hornets

Imaginem só: além de não arcar mais com os pesadíssimos valores da dupla Mek e Trevor, o Hornets pagará ao Lewis “apenas” 13,7 dos U$ 23,8 milhões estipulados em contrato e o dispensará. Isso é uma economia tremenda e abre uma flexibilidade enorme para os zangões “atacarem” o mercado de agentes livres! Foi uma excelente jogada do nosso GM, o Dell Demps. Pois o Hornets não apenas se livrou do contrato horrível do Okafor (sem precisar se desfazer da nossa 10ª escolha para isso), como também economizará uma bela grana e receberá ainda a escolha nº 46 (quem sabe não pinta alguém útil aí?). É impossível não gostar do que foi feito! Na verdade, eu considerei essa troca como um movimento necessário para que a franquia obtenha sucesso nos próximos anos. Pense em se livrar dos contratos ruins e conseguir uma boa flexibilidade na folha salarial para reforçar o elenco. E o mais importante: ter tranquilidade (e dinheiro) para igualar qualquer proposta pelo Eric Gordon na agência livre e mantê-lo em New Orleans.  Quer algo mais necessário que isso?

OBS: Não podemos deixar de agradecer a Trevor Ariza e Emeka Okafor pelos anos de serviços prestados ao New Orleans Hornets. Eu desejo que eles tenham sucesso em Washington e sigam as suas carreiras da melhor forma possível. Boa sorte a ambos!

* PROMESSA É DÍVIDA: Ainda falaremos sobre os jovens que poderão ser agraciados com a 10ª escolha (e agora a 46ª também) no draft de 2012, o aguardado evento que ocorrerá na noite desta quinta-feira (28/06). Até lá o post sai, podem ficar sossegados.

* ALGUMAS SITUAÇÕES: O pivô Chris Kaman se tornará agente livre irrestrito, e o Hornets não deverá reassinar com ele. Já o ala-pivô Carl Landry – que também será agente livre irrestrito – disse que gostaria de permanecer em New Orleans. Mas eu, pessoalmente, não acredito na possibilidade.

* FOX SPORTS NEW ORLEANS: O Hornets acaba de fechar um acordo com o canal a cabo Fox Sports para a transmissão de 75 jogos (número que pode variar) do time na próxima temporada. Pela parceria, a franquia deverá receber cerca de U$ 10 milhões por ano. A ideia é aumentar o número de telespectadores americanos que possam ter acesso aos jogos dos zangões (inclusive, via satélite). Para mais informações, clique aqui.

* HEAT CAMPEÃO: A equipe de Miami conquistou o título da temporada 2011-12 da NBA de forma merecidíssima, diga-se de passagem. Com LeBron James jogando o fino, o Oklahoma City Thunder não deu nem para a saída. Eu confesso que esperava uma série final mais equilibrada. Mas o placar de 4 a 1 indica que o troféu está em muito boas mãos.

* TYLER ZELLER: Você é fã do Hornets? Então, é bom guardar o nome dele…