O ASSASSINATO DOS ZANGÕES

* Por Lucas Ottoni

Sexta-feira, 13 de abril de 2012. A compra do New Orleans Hornets pelo bilionário Tom Benson encheu os fãs dos zangões de otimismo em relação ao futuro da nossa amada equipe. De lá para cá, as notícias têm sido as melhores possíveis: a franquia permanecerá na Louisiana, a New Orleans Arena será remodelada, o NBA All-Star Weekend de 2014 acontecerá na cidade, haverá investimento na montagem de um time forte e competitivo, etc. Uau! O futuro tende a ser muitíssimo promissor, não é mesmo? Agora, pegue essas magníficas notícias e imagine que a franquia Hornets não estará viva a tempo de desfrutá-las… É isso mesmo, meus amigos. Junto com o Tom Benson e o seu pacote de promessas veio a ideia de mudar o nome, a logomarca e as cores dos zangões! O famoso rebrand, como eles gostam de dizer lá nos EUA. E o pior: os torcedores locais, lá de New Orleans, apoiam esse plano com um tremendo entusiasmo e já planejam nomes, logos e uniformes para o “novo time” que surgirá na terra do jazz (no nosso post anterior, vocês viram algumas dessas “belezinhas”). A justificativa para o tal rebrand é a seguinte: o Benson – que agora é o “rei da cocada preta” – não gosta do nome “HORNETS” e quer um que tenha mais a ver com a cidade de New Orleans. Pensamentos desse tipo me levam a uma constatação bastante entristecedora: é inacreditável que alguns donos de franquias da NBA ainda enxerguem as suas equipes como algo meramente local. Eles restringem os seus próprios negócios e não entendem que possuem em mãos uma coisa que desperta paixões em fãs do mundo inteiro. O Hornets é uma equipe de dimensão internacional, e é absolutamente lamentável que o Tom Benson não enxergue isso. Essa visão simplória e obtusa acabará sendo a responsável pelo assassinato dos zangões!

Mensagem deixada pelos fãs italianos

Eu não vou usar este post para ficar contando a longa caminhada que eu tenho como um fã internacional do Hornets (quem tiver interesse, é só clicar aqui), mas é importante destacar que esse time não nasceu ontem. Já são quase duas décadas e meia de estrada, sendo que a franquia está na Louisiana há praticamente dez anos. E dez anos não são dez dias. Antes de pensar em acabar com tudo o que me fez seguir essa equipe, a história deveria ser considerada. Até onde eu sei, além do Brasil, o Hornets possui fãs em países como Austrália, Itália, Argentina, Suíça, China, Portugal, Espanha, México e Alemanha. E deve haver muitos outros espalhados pelo globo. Fãs de longa data, fãs que sempre foram Hornets e que sempre acompanharam o time ao longo dos anos, estivesse ele em Charlotte ou em New Orleans. Fãs que pagam League Pass, que encomendam camisetas e outros produtos oficiais, que juntam dinheiro para viajar e ver os jogos nos EUA, ou que simplesmente viram noites torcendo na frente da TV ou do computador. E agora querem arrancar isso de nós. Querem assassinar uma das nossas paixões sob a alegação estapafúrdia de que o Hornets nada tem a ver com New Orleans. Como não tem? E os quase dez anos em que as cores dos zangões honraram essa cidade? Isso não conta? E o fato de o nome “JAZZ” ter tudo a ver com New Orleans? Evitou que a franquia se transferisse para Utah nos longínquos anos 70 e por lá permanecesse até hoje? Pois é…

* Veja aqui o texto do blog New Orleans Hornets Brasil sobre o rebrand

Eu poderia ficar aqui citando outros exemplos que tornariam essa ideia de rebrand uma tremenda babaquice, me desculpem o termo. Mas de que adiantaria? Pelo visto, o Tom Benson está realmente determinado a mudar o nome do nosso time, e eu acho que a NBA não fará grande oposição a isso. Pode ser dentro de um ano, dois anos, sei lá… Mas parece que irá mesmo acontecer. Com os zangões sumindo de New Orleans, levanta-se a hipótese de que o Charlotte Bobcats – franquia que  definitivamente não emplacou – possa adotar o nome “HORNETS“. Aí teríamos de novo o Charlotte Hornets, não é uma beleza? Mas espere aí… Isso realmente seria o verdadeiro Hornets? Ou seria o Bobcats fantasiado de Hornets? Onde estaria a nossa história? Em Charlotte, com o “novo” Hornets, ou lá em New Orleans? Já pensaram nisso? Você, que é fã de longa data dos zangões, torceria por um Bobcats disfarçado de Hornets?

* Clique aqui e confira um texto interessante do blog Hornets247 (em inglês)

Uma dúvida cruel: Bobcats ou Hornets?

Desde que o Tom Benson comprou a franquia (em uma sugestiva Sexta-Feira 13) e disse que iria mudar o nome do time (que tal New Orleans Jasons ou New Orleans Blackcats?), esse assunto de rebrand ganhou uma repercussão enorme no mundo inteiro. A grande maioria dos torcedores internacionais do Hornets (e eu me incluo aí) não gostou nem um pouquinho da ideia e certamente vai se posicionar (ou já se posicionou) das mais diversas formas, caso o rebrand realmente se concretize. Teremos aqueles fãs mais radicais, que passarão a torcer por uma outra equipe da NBA ou que simplesmente deixarão de acompanhar a liga. Haverá também os que “voltarão” a torcer para o Charlotte Hornets, se o Bobcats resolver “se disfarçar”. E, por fim, vai ter gente que seguirá torcendo pela equipe de New Orleans, não importa que nome ou cores a franquia adote. E vocês? Em qual grupo vocês se encaixam?

* Vote nas enquetes do blog New Orleans Hornets Brasil!

Bem, eu confesso que andei pensando em todas essas situações. No início, eu fiquei indignado e estava no grupo dos radicais: “se acabarem com o Hornets, a NBA morreu para mim!”. Depois, procurei um paliativo e passei para a turma dos “BobHornets”, mas sem muita convicção. O fato é que eu ainda não havia tomado uma decisão concreta e não sabia o que fazer em relação ao provável fim do meu amado time. É simplesmente difícil imaginar que o Hornets pode sumir do mapa ou aparecer em uma outra equipe que, no fundo, não é o verdadeiro Hornets. Por que as coisas têm de ser assim? Ah, Tom Benson… Então, após muito refletir, eu acabei tomando a minha decisão (provisória): CURTIR OS ZANGÕES ENQUANTO ELES EXISTIREM E EVITAR FALAR SOBRE REBRAND, ATÉ QUE O ASSASSINATO ESTEJA CONSUMADO. Eu deixei de pensar no fim e passei a pensar no legado. E olhando por esse ângulo, eu percebi que a história do Hornets não morrerá. Eu olho para Larry Johnson, Alonzo Mourning, Muggsy Bogues, Dell Curry, Glen Rice, Vlade Divac, Eddie Jones, Paul Silas, Baron Davis, Jamal Mashburn, PJ Brown, David West, Byron Scott, Chris Paul… Isso é o que fica. Então, vamos apenas seguir em frente. É o melhor a se fazer no momento, acreditem.

OBSHoje não teremos a sessão Ferroadas e nem falaremos sobre os últimos jogos do Hornets, fato que acontecerá no nosso próximo post.

PAUL SILAS: UM SENHOR TÉCNICO

Silas contornou crises e fez do Hornets um time de respeito

* Por Lucas Ottoni

Ok, eu sei que este post deveria estar no ar há dois dias, mas eu fiquei totalmente sem tempo para me dedicar ao blog. Sabe quando você precisa fazer um monte de coisas urgentes e acaba tendo que estabelecer prioridades para não enlouquecer? Pois é, dessa vez o Brazilian Hornet teve que esperar. Mas tudo bem, estamos de volta com a prometida homenagem a um treinador que fez um belo trabalho no Charlotte/New Orleans Hornets. Antes de falarmos sobre isso, eu lembro que os zangões (11-35) voltaram à quadra na noite de ontem (21/03) e perderam em casa para o fraco Golden State Warriors (19-25): 101 a 92. Nem vale a pena tecer grandes comentários sobre esse duelo. Joguinho morno, pouco público e duas equipes sem grandes pretensões. Aliás, por falar em pretensões, vocês sabem quantos jogos nos restam para o fim da temporada regular? Sim, exatamente 20 jogos. Contagem regressiva para o draft…

Bem, agora vamos ao que interessa. Aqui no Brasil – parece que é regra -, há o costume de precisar o sujeito morrer para que todos o homenageiem e se lembrem das grandes obras que ele construiu ao longo da vida. Homenagens póstumas são um hábito por essas bandas. Então, eu resolvi mudar um pouquinho isso e lembrar de um técnico que ainda está na ativa e que fez um grande trabalho na nossa franquia. Eu estou falando do mestre Paul Silas. Esse senhor, hoje com 68 anos, conduziu o Charlotte/New Orleans Hornets a grandes campanhas entre as décadas de 1990 e 2000. Poucos sabem disso, mas Silas levou o Hornets aos playoffs por 4 temporadas consecutivas e em meio a inúmeros problemas extra-quadra, como os “ataques” pesados (da mídia e do público) ao então dono da franquia (George Shinn), o boicote dos torcedores ao time, a morte trágica do jogador Bobby Phills, a mudança de cidade, etc. No meio desse turbilhão, lá estava Paul Silas trabalhando firme e tentando “blindar” os seus atletas. Com todas essas situações adversas, o que se esperava era que o desempenho do Hornets em quadra despencasse. Mas não com Silas no comando. Ele agiu com extrema sabedoria, contornou situações aqui e ali, montou times competitivos, conseguiu a lealdade dos jogadores e acabou se tornando – na minha modesta opinião – o treinador mais importante da franquia em seus quase 24 anos de existência. O trabalho que ele realizou com os zangões é digno de aplausos. E é por isso que eu o chamo respeitosamente de mestre.

Como jogador, Silas brilhou com o Celtics

Nascido no dia 12 de julho de 1943, na cidade de Prescott (Arizona), Paul Theron Silas teve uma carreira extremamente bem sucedida como jogador de basquete. Entre 1960 e 1964, jogou na Universidade de Creighton e foi o líder nos rebotes em três temporadas da NCAA (liga nacional universitária). Em 1963, por exemplo, teve média de 20.6 rebotes por jogo. A partir do ano de 1964, o jovem Silas se tornou um jogador profissional da NBA. Ele acabou selecionado (10ª escolha da segunda rodada) pelo Saint Louis (hoje Atlanta) Hawks e atuou por quatro equipes diferentes ao longo de  aproximadamente 16 anos. Foi três vezes campeão da NBA, sendo duas com o Boston Celtics (1974 e 1976) e uma com o Seattle SuperSonics (1979). Além disso, jogou os All-Star Games de 1972 e 1975 e conquistou nomeações para as equipes defensivas da liga em cinco ocasiões. Encerrou a sua vitoriosa carreira de jogador em 1980, vestindo a camiseta de número 36 do SuperSonics. Naquele mesmo ano, iniciou a trajetória como treinador comandando o San Diego (hoje Los Angeles) Clippers até 1983. Depois, ele passou várias temporadas adquirindo experiência como assistente-técnico em diversos times (inclusive o Charlotte Hornets). E agora vem a parte que mais nos interessa…

Durante a temporada 1998-99 da NBA, Paul Silas assumiu interinamente o comando do Charlotte Hornets. Ele era o assistente do então treinador Dave Cowens, que acabou demitido por causa da má campanha da equipe no campeonato: 4-11. Silas, então, ocupou a função de técnico até que a franquia pudesse conseguir um outro nome para treinar o elenco. No entanto, o desempenho do time melhorou bastante com o trabalho de Silas, e os resultados começaram a aparecer. O registro de 22-13 no restante daquela temporada fez com que a direção do Hornets desistisse de contratar um novo treinador e efetivasse Paul Silas no cargo. Era a chance que ele precisava para mostrar que a sua competência ia além do fato de ter sido um ótimo jogador.

A morte de Phills abalou o Hornets

Em 1999-00, logo em sua primeira temporada completa como técnico do Charlotte Hornets, Paul Silas levou o time de volta aos playoffs após o fracasso no campeonato anterior. Com um registro convincente de 49-33, os zangões realizaram a 4ª melhor campanha de toda a Conferência Leste. Porém, a equipe acabaria eliminada ainda na primeira fase da pós-temporada, com uma derrota por 3 a 1 para o Philadelphia 76ers, do craque Allen Iverson. A morte trágica do ala-armador Bobby Phills em um acidente automobilístico marcou aquela temporada para os zangões. Silas conseguiu usar o terrível acontecimento para unir ainda mais os seus jogadores e fazê-los dedicar cada vitória ao companheiro falecido. Com o ala-armador Eddie Jones inspirado, o Hornets cumpriu uma bela trajetória e fez com que Silas conquistasse ainda mais a confiança da direção da franquia.

* Clique aqui e veja alguns números de Paul Silas como jogador

Na temporada seguinte, 2000-01, o trabalho do mestre Paul Silas iria, enfim, se consolidar. O elenco do campeonato anterior sofreria mudanças importantes, e um novo time teria que ser montado. Silas não só montou essa nova equipe como fez as suas engrenagens funcionarem de forma rápida e bastante eficiente. Surgiam no grupo jogadores como Jamal Mashburn, PJ Brown e Jamaal Magloire, e Silas explorou o talento ofensivo desses atletas utilizando uma marcação forte e a valorização da posse de bola. O resultado foi excepcional, e o Hornets atingiu novamente os playoffs realizando a 6ª melhor campanha da Conferência Leste (46-36). Entretanto, tudo isso acabou sendo ofuscado pelos acontecimentos fora da quadra. A popularidade do time começava a cair devido à insatisfação do público de Charlotte com o dono da franquia, o empresário George Shinn. Ele estava sendo acusado de estupro e ficou com a reputação irremediavelmente abalada junto aos torcedores locais. O comparecimento dos fãs aos jogos da equipe caiu drasticamente e nunca se recuperou. Em meio a essa desagradável situação, o mestre Silas agiu e evitou que o “incêndio” se alastrasse para dentro de quadra. Confiante, 0 time foi aos playoffs decidido a provar o seu valor. E assim foi feito. Confira alguns slides abaixo:

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Na primeira fase da pós-temporada de 2000-01, os zangões encararam o favorito Miami Heat, do famoso técnico Pat Riley. Não deu nem para a saída. A equipe de Silas atropelou o Heat em todos os jogos da série e “varreu” o adversário com um sonoro 3 a 0 (naquela época, a primeira fase dos playoffs era disputada em melhor de 5 partidas). Nas semifinais, o Hornets enfrentaria outro favorito, o Milwaukee Bucks, do craque Ray Allen. Foi uma série duríssima, em que o Bucks fez 2 a 0 e abriu boa vantagem. Porém, a turma de Charlotte virou incrivelmente o duelo para 3 a 2 e estava a uma vitória da final do Leste. Seria a coroação do trabalho do mestre Silas. Só que Ray Allen e Glenn Robinson não permitiram essa alegria aos torcedores do Hornets. Ambos jogaram demais nos dois últimos confrontos da série, e o Bucks venceu por 4 a 3. Terminava aí a melhor campanha da franquia da Carolina do Norte em uma temporada da NBA, até aquele momento. O feito de Silas e dos jogadores foi magnífico, e os zangões encontraram uma base muito forte para os anos seguintes.

* Clique aqui e veja alguns números de Paul Silas como técnico

Em 2001-02, outra bela temporada do Hornets (a última em Charlotte) sob o comando de Paul Silas. A base do campeonato anterior foi mantida, e o time novamente foi aos playoffs e alcançou as semifinais da Conferência Leste. Mesmo sem o apoio da torcida local, os zangões fizeram uma campanha 44-38 (4ª melhor do Leste) e se credenciaram à disputa da pós-temporada. Após eliminar o Orlando Magic por 3 a 1, o time sofreu um 4 a 1 e caiu diante do forte New Jersey Nets, do craque Jason Kidd. Procurando contornar os problemas vividos pela franquia, Paul Silas tocava o barco de forma magnífica. Apesar de tudo o que acontecia fora de quadra, o Hornets era um time respeitado.

No vídeo abaixo, os últimos momentos da classificação do Charlotte Hornets às semifinais da Conferência Leste – temporada 2001-02 (narração em português!). Confira:

A situação em Charlotte estava insuportável, e, por isso, George Shinn conseguiu o consentimento da NBA para transferir o Hornets para New Orleans. E esse fato aconteceu na temporada 2002-03. Paul Silas, então, foi o primeiro técnico do New Orleans Hornets. Durante a mudança de cidade, Silas ainda teve mais um “pepino” para descascar: ele precisou conversar com alguns jogadores preocupados com a situação da franquia e convencê-los de que o trabalho não seria alterado, independentemente da nova realidade. Dessa forma, os principais atletas da equipe se “fecharam” com o treinador e foram para New Orleans. Em consequência disso, o Hornets alcançou os playoffs pela quarta vez consecutiva – e logo em seu primeiro ano na Louisiana. Com um registro de 47-35, os zangões realizaram a quinta melhor campanha do Leste, mas caíram na primeira fase da pós-temporada: 4 a 2 para o Philadelphia 76ers. A mudança de cidade não impossibilitou o mestre Silas de levar o time novamente a um belo resultado. Porém, após a primeira (e boa) temporada do Hornets em New Orleans, Paul Silas foi inexplicavelmente demitido pela direção da franquia. Para o seu lugar, entrou o contestado Tim Floyd. Pegando carona no ótimo trabalho deixado por seu antecessor, Floyd levou o Hornets aos playoffs pela quinta vez seguida, mas a equipe foi logo eliminada pelo Miami Heat, embora a série tenha sido bastante equilibrada: 4 a 3. Após a eliminação, Floyd acabou substituído por Byron Scott. Mas isso já é uma outra história…

Silas: o eterno treinador dos zangões

Paul Silas comandou o Charlotte/New Orleans Hornets de 1999 a 2003. Em 390 jogos, ele obteve 221 vitórias e 169 derrotas, além de quatro participações (consecutivas) nos playoffs da NBA e duas aparições na fase semifinal da Conferência Leste. Atualmente, é o treinador do Charlotte Bobcats (ele não merecia um timezinho tão ruim!). Eu acompanhei bastante o Hornets durante esse período em que o mestre Silas conduzia a equipe a belas campanhas. Eram outros tempos, mas dava gosto de torcer pelos zangões. Posso dizer que tive muito mais alegrias do que tristezas com o Hornets de Paul Silas, sem a menor sombra de dúvida. Aliás, tristeza mesmo foi vê-lo covardemente demitido pela antiga direção do Hornets. O mestre Silas não merecia isso, e sim muitos aplausos. Para mim, é o maior de todos da nossa franquia. O nosso eterno treinador. Sem mais delongas, termina aqui a homenagem do Brazilian Hornet a uma pessoa que tanta alegria deu aos fãs de longa data dos zangões. Ele merece cada letra. Obrigado, mestre!

* O REENCONTRO: Daqui a pouquinho, Chris Paul e o Hornets estarão frente a frente dentro da New Orleans Arena. Os zangões vão encarar o Los Angeles Clippers e terão que duelar pela primeira vez com o – para muitos – melhor jogador que já vestiu a nossa camiseta. Imperdível! Estou absolutamente curioso para saber como o CP3 será recebido pelos fãs da Louisiana. O jogão acontecerá logo mais, às 21h (de Brasília). O Brazilian Hornet irá acompanhar tudo e jogar informações no nosso Twitter. Não percam!

* New Orleans Hornets Brasil: a prévia do jogo

Jack teve uma bela atuação

* TRIPLO-DUPLO: Foi o que conseguiu o armador Jarrett Jack no jogo de ontem (o primeiro de mais um back-to-back), contra o Warriors. Ele anotou 17 pontos, distribuiu 11 assistências e apanhou 10 rebotes. Uma bela marca. É o primeiro jogador do Hornets a atingir o dígito duplo em três quesitos nessa temporada (e eu li no Hornets247 que é a primeira vez na carreira que ele consegue isso!). Portanto, eu seria injusto se não desse um destaque para o feito do JJ. Apesar da derrota para a turma de Oakland, vão os meus parabéns para ele! Eu não costumo colocar foto na sessão Ferroadas, mas o Jack realmente mandou bem demais. Essa é por conta da casa!

* MAIS UM: Após dispensar o pivô Jeff Foote, o Hornets contratou um novo jogador para a posição. Trata-se de Chris Johnson, 26 anos, ex-atleta da LSU (Louisiana State University). Johnson não é marinheiro de primeira viagem na NBA. Antes do Hornets, ele chegou a atuar no Portland Trail Blazers e no Boston Celtics. Além disso, também possui experiência no basquete europeu. Os termos do contrato com os zangões não foram divulgados.

TORCER CONTRA? IMPOSSÍVEL!

* Por Lucas Ottoni

Olá, amigos. Vocês, ilustres leitores do nosso blog, já puderam perceber que eu comecei a destacar com um pouquinho mais de força o assunto “draft de 2012” aqui no Brazilian Hornet. Os dois posts anteriores (aqui e aqui) serviram para deixar isso bem claro, não é mesmo? Pois bem, a lógica é simples: quanto mais derrotas o Hornets tiver nessa temporada 2011-12 da NBA, maiores serão as chances de a franquia conquistar uma escolha privilegiada e selecionar um jovem prodígio na noite de 28 de junho. Todos nós estamos sonhando com uma escolha Top 3 ou, no melhor das hipóteses, a escolha “Anthony Davis“! E para que isso se torne realidade, os zangões precisam, em teoria, continuar perdendo as suas partidas. Nesse caso, pode-se dizer que perder é bom. Eu, inclusive, sei de alguns fãs do time (brasileiros e estrangeiros) que já se manifestaram a favor das derrotas. O papo deles é o seguinte: perder hoje para ganhar amanhã (com o draft). O fato é que a campanha do Hornets é 11-34, a equipe está na lanterna isolada da Conferência Oeste e o seu registro é o terceiro pior de todo o campeonato. Isso é motivo de festa para os que estão obcecados pelo draft, eu sei. Mas vamos olhar essa situação por um novo ângulo…

Na noite do último sábado (17/03), o Hornets foi até o Prudential Center – local onde irá rolar o draft de 2012 (seria coincidência?) – e visitou o New Jersey Nets (15-31). O jogo foi bastante equilibrado, e – para o desespero dos entusiastas do draft – a nossa equipe acabou saindo vencedora: 102 a 94. O que chamou a minha atenção nesse duelo (e já não é a primeira vez que isso acontece) foi a vibração dos nossos jogadores quando o time acertava ou alguém realizava uma boa jogada nos momentos decisivos. A festa no nosso banco de reservas, sempre capitaneada pelo armador Greivis Vasquez (definitivamente, eu sou fã desse cara), me passou a impressão de que o Hornets estava a ponto de conquistar um título. Isso é a prova clara de que o grupo dos zangões está comprometido, se dedicando ao máximo e lutando por cada pontinho. O que eu vi em New Jersey foi até incomum para uma equipe que faz uma campanha tão ruim. Eu não sei quanto a vocês, mas eu achei isso muito bacana. Portanto, eu não posso torcer contra esses caras. Simplesmente não consigo. Vejam o vídeo lá em cima – sobretudo a parte do último período do jogo – e me digam o que vocês acham. Quero saber as opiniões dos amigos em relação ao que eu acabei de levantar neste post. Mandem ver lá embaixo, nos comentários, ok?

* Confira aqui o Box Score (com vídeos) da partida

* AGORA VAI?: Como o New Orleans Hornets só voltará à quadra nesta quarta-feira (21/03), eu acho que poderei encontrar um tempinho para escrever um post sobre o mestre Paul Silas, conforme eu havia comentado dias atrás. Talvez a homenagem vá ao ar amanhã. Aguardem!

* D-LEAGUE: O ala-armador Xavier Henry foi enviado pelo New Orleans Hornets para o Iowa Energy, da Liga de Desenvolvimento (NBDL). Ele realizou apenas uma partida pelo “novo” time e já estará de volta ao elenco dos zangões. De acordo com o técnico Monty Williams, o atleta precisava ganhar algum ritmo de jogo nesse período em que o Hornets está sem atuar. Ah, o Henry jogou pouco mais de 19 minutos e anotou 13 pontos pelo Energy, na derrota de 114 a 101 para o Sioux Falls Skyforce. Nome legal esse, hein…

RESPONDA E GANHE UM BIOMBO!

O biombo: ele garante privacidade e bloqueia olhares indesejáveis

* Por Lucas Ottoni

Quando eu achava que já tinha visto tudo de ruim que uma noite infeliz do New Orleans Hornets (10-32) poderia nos trazer, eis que me surge o jogo de ontem, contra o fraco Charlotte Bobcats (6-34). Em primeiro lugar, foi anunciado o comparecimento de um público de 15.254 torcedores na New Orleans Arena. Mas, na verdade, o que se via na Colmeia era algo parecido com isso. Tudo bem, eu posso estar exagerando, mas a nossa arena estava com enormes espaços vazios. Talvez, os fãs já estivessem prevendo o que estaria por vir e resolveram ficar no conforto de suas casas. Tendo em vista o que aconteceu dentro de quadra, não dá para culpar os ausentes. Não dá mesmo. Eu estou com tanto desânimo para falar sobre a nossa horrível derrota de 73 a 71 para o Cats, que vou mandar logo toda a ruindade em vermelho chinês:

1) Os dois times foram para o intervalo sem alcançar sequer 40 pontos na partida. O Hornets venceu a primeira metade do jogo por 37 a 35. Isso já mostra – de forma bem clara – a falta de inspiração de ambos os “esquadrões”.

2) Tivemos nada menos que 34 turnovers em quadra. E até na ruindade, os dois times caminharam juntos: foram 17 TO para cada. Os “campeões” da noite foram os armadores Jarrett Jack (NOH), com 6 TO, e D.J. Augustin (CHA), com 5. Vendo esses PGs “inspiradíssimos”, imaginem só a beleza que foi a organização ofensiva das equipes…

3) Os cestinhas do jogo anotaram apenas 15 pontos. Sim, 15 pontos foram o suficiente para que o Jarrett Jack (NOH) e o Gerald Henderson (CHA) acabassem condecorados como os grandes artilheiros do “clássico”. Eu não estou dizendo que esses times caminharam juntos na ruindade?

4) Para não dizer que tudo foi lama, o nosso pivô Chris Kaman teve uma boa (para não chamar de razoável) atuação. Mais um duplo-duplo para o alemão: 12 pontos e 16 rebotes – além de 3 bloqueios -, em 40 minutos. Legal, né? E é justamente desse cara que o Hornets pretende se livrar até quinta-feira. Não é “formidável”?

5) E lá foi o Trevor Ariza, todo feliz, nos segundos finais, tentando igualar a ruindade também no placar e levar essa ruindade para a prorrogação. Mas eis que surge um Biyombo pela frente e nos livra de mais 5 minutos de horror! Obrigado, Bismack!

Pois é, amigos. Diante disso, eu vou mandar a pergunta que vale o prêmio, um incrível biombo! Vamos lá: “o que faz um sujeito chegar em casa à noite, sentar em frente a um computador e perder duas horas e meia de sua vida presenciando uma partida como a de ontem?”. O dono da resposta mais criativa levará um sensacional biombo para casa!

OBS: O ganhador do prêmio receberá o seu fantástico biombo no dia em que o Hornets ou o Bobcats alcançarem o título da NBA. Combinado assim?

* Confira aqui o Box Score (com vídeos) da partida

E o nosso post de hoje fica por aqui. Nada mais a declarar.


 FERROADAS

* HORNETS VS LAKERS: Nesta quarta-feira (14/03), os zangões voltarão à quadra. O adversário é o Los Angeles Lakers, do nosso querido Kobe Bryant. O duelo acontecerá às 21h (de Brasília), na New Orleans Arena, e o Brazilian Hornet deve acompanhar, via Twitter. Siga o BH e fique por dentro de tudo o que acontecerá ao longo da partida. Será que conseguiremos ultrapassar a marca de 71 pontos? A conferir…

* PAUL SILAS: Hoje no Charlotte Bobcats, ele é – em minha opinião – o maior técnico da história da franquia Hornets, até o momento. E há algum tempo eu já venho querendo escrever um post sobre o mestre Silas. Mas o que tem faltado é exatamente isso: tempo. Espero, em breve, concretizar essa ideia e escrever aqui no BH. Esse senhor comandou times nossos que me trazem ótimas recordações. Merece todas as homenagens!

* NOTA TRISTE: Dick Harter, primeiro treinador da franquia Hornets, faleceu ontem, aos 81 anos, vítima de câncer. Harter assumiu o comando técnico do Charlotte Hornets em 1988 (ano de estreia do time na NBA) e esteve com a equipe durante (aproximadamente) 1 ano e meio. Nesse período, ele colecionou 28 vitórias e 94 derrotas com os zangões.  Que esteja na paz de Deus.

UMA VITÓRIA PARA O FUTURO

Chris Kaman ajuda o Hornets a derrotar o Wolves

* Por Lucas Ottoni

No fim da última semana, o New Orleans Hornets (10-31) se mandou para outro back-to-back fora de casa e obteve um resultado bastante interessante. É claro que eu não estou falando do jogo de sexta-feira (09/03), quando perdemos para o Nuggets (23-19), por 110 a 97, na altitude (1.700 metros) de Denver. Na verdade, eu estou olhando é para o jogo que aconteceu no sábado (10/03), lá em Minneapolis. Os zangões derrotaram o Minnesota Timberwolves (21-21), por 95 a 89, e conseguiram uma importante vitória, que pode até influir no futuro do time para os próximos anos. Não entendeu? Certo. Então, dá só uma olhada no parágrafo abaixo…

Como vocês sabem, o Hornets é detentor de duas escolhas de primeira rodada no próximo draft, que acontecerá no fim de junho. Uma delas, é a nossa escolha de direito (que deverá ser bem preciosa, tendo em vista a nossa campanha). E a outra, nós conseguimos na transação que enviou o Chris Paul para o Los Angeles Clippers. Acontece que essa escolha que o Clippers nos cedeu é originária do Minnesota Timberwolves. Portanto, o valor dessa escolha está intrinsecamente ligado ao desempenho do Wolves na atual temporada. Quanto mais derrotas os Lobos tiverem, maiores são as chances de essa escolha – que agora nos pertence – estar entre as primeiras na noite do draft. Então, com as duas escolhas, poderíamos selecionar dois dos jogadores mais promissores disponíveis no projeto, sacaram? O raciocínio é esse, e, por isso, os torcedores do Hornets estão bastante interessados na campanha (e no fracasso) do Wolves.

* Confira aqui o Box Score (com vídeos) da partida (contra o Timberwolves)

A vitória que arrancamos deles, no último sábado, poderá fazer uma diferença decisiva ao fim da temporada. Se o Wolves não conseguir alcançar os playoffs (hoje eles estão fora, com a 9ª colocação no Oeste), as chances de o Hornets ver as suas duas escolhas dentro do Top 10 na noite do draft aumentam substancialmente. Olhando por esse ângulo, nós vencemos uma espécie de “confronto direto” e nos ajudamos por um futuro melhor. Futuro esse que poderá vir de duas escolhas valiosas lá em junho. É por isso que a vitória em Minneapolis foi tão importante. Nós chegamos ao 10º triunfo no campeonato (nada de espetacular, mas é um número simbólico, vai) e atrapalhamos os planos dos Lobos, que estão desesperados por uma vaguinha na pós-temporada. Diante de tal fato, eu me arrisco a dizer que essa foi a vitória mais comemorada pelos fãs dos zangões (em 2012, é claro).

Kevin Love deu trabalho aos zangões

Agora, vamos ao jogo. O Hornets entrou tão ligado na partida, que parece que o treinador Monty Williams teve uma conversinha franca com os atletas, antes de a bola subir. Algo do tipo: “Prestem atenção! Essa vitória é fundamental para o nosso futuro! Entrem lá e joguem esse jogo como se  fosse o último de suas carreiras!”. Claro, eu estou exagerando, mas o fato é que os zangões atuaram focados e não tiveram os tradicionais apagões ao longo do duelo. Obviamente, a nossa equipe teve problemas para segurar o monstro Kevin Love – e o seu fiel escudeiro Nikola Pekovic – dentro do garrafão. O Love saiu de quadra com “apenas” 31 pontos e 16 rebotes, enquanto o Pekovic conseguiu “somente” 21 pontos e 11 rebotes. Já deu para perceber que os dois fizeram a festa, não é mesmo? Por outro lado, a ausência do talentoso espanhol Ricky Rubio na armação facilitou a vida dos rapazes da Louisiana. Como vocês sabem, o Rubio sofreu uma ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo (exatamente o mesmo problema que eu tive!) no jogo contra o Los Angeles Lakers e está fora do restante da temporada. Sem dúvida alguma, é uma notícia triste para quem gosta de basquete, mas o Hornets não tem nada com isso e pensou em seus interesses. Nós controlamos a partida (com alguma dificuldade, só para variar) e contamos com as boas aparições de Chris Kaman (sempre ele!), Jarrett Jack e Greivis Vasquez para sairmos de quadra com esse importante triunfo de 95 a 89.

No vídeo abaixo, os highlights da vitória do Hornets:

O jogo contra o Nuggets? Ok, vamos a ele. Na última sexta-feira, lá no Colorado, o fim do terceiro quarto indicava um placar de 79 a 71 a favor do time de Denver. Tudo muito bem, duelo equilibrado e indefinido. Aí nós fomos para o último período, e a partida terminou com uma tranquila vitória dos anfitriões: 110 a 97. Querem saber o que aconteceu? Tivemos um apagão no ínicio do quarto derradeiro e entregamos o jogo dentro de uma bandeja para o pivô brasileiro Nenê e seus companheiros. Foi isso o que aconteceu, resumindo tudo. E então? Alguma novidade? Algo inédito? Alguém aí está perplexo ou estarrecido? Isso nem precisa de resposta.

* Confira aqui o Box Score (com vídeos) da partida (contra o Nuggets)

Lance Thomas encara o Nuggets

OBS: Eu me vejo obrigado a terminar o post de hoje com isso! Pois isso sim, é uma novidade, é algo inédito e que nos deixa perplexos e estarrecidos! Sabem quem foi o cestinha do Hornets no jogo contra o Nuggets? Você não acertaria essa, nem que tivesse cinco tentativas! Ok, eu vou logo ao ponto: o glorioso Lance Thomas, nosso ala-pivô reserva, teve uma noite de glória lá no Colorado. Ele anotou 18 pontos e apanhou 5 rebotes. Embora nós tenhamos perdido o jogo, ele merece um destaque só para ele aqui. Até porque, nós não sabemos quando isso irá acontecer novamente. Ainda mais com esse papo de que o mundo acabará em 2012, não é? Pronto, grande Lance. Está feita a homenagem!


 FERROADAS

* HORNETS VS BOBCATS: Sim, hoje tem jogo! Daqui a pouco, os zangões voltarão à quadra. O adversário é o fraco Charlotte Bobcats, do nosso eterno grande técnico, o mestre Paul Silas (ele não merecia treinar um time tão limitado). O duelo acontecerá às 21h (de Brasília), na New Orleans Arena, e o Brazilian Hornet deve acompanhar, via Twitter. Siga o BH e fique por dentro de tudo o que acontecerá ao longo da partida.

* PARA TREINAR O INGLÊS: Eu destaquei aqui uma matéria do site NOLA.com, do jornal The Times-Picayune, em que os armadores Greivis Vasquez e Jarrett Jack explicam como é difícil a vida de um PG do Hornets. O técnico Monty Williams também entrou na conversa e emitiu a sua opinião sobre as dificuldades da equipe. O texto é assinado pelo jornalista Jimmy Smith. Vale a pena a leitura.

* MAIS UMA NOVIDADE: O pivô Jeff Foote, que estava atuando na Liga de Desenvolvimento (NBDL), assinou um contrato de 10 dias com o Hornets. Ele estreou pelos zangões na última sexta-feira, contra o Nuggets, anotando 4 pontos e apanhando 4 rebotes, em 23 minutos. Já no sábado, contra o Wolves, ele jogou apenas 5 minutinhos e pegou 1 rebote.

* OS LESIONADOS: As últimas informações que chegam do concorrido departamento médico do Hornets apontam que o ala-pivô Carl Landry deverá estar de volta ao time durante esta semana. Ele está praticamente recuperado de uma contusão no joelho esquerdo e pode até ser a surpresa do técnico Monty Williams para o jogo de logo mais, contra o Charlotte Bobcats (embora isso seja improvável). Já o pivô Emeka Okafor, também com problemas no joelho esquerdo, ainda não tem previsão de retorno. Se trocarmos o Kaman e seguirmos com o Okafor fora do time, o nosso garrafão ficará uma “beleza”. Já imaginaram?

* ESTÁ CHEGANDO A HORA!: A trade deadline (data-limite para as transações entre equipes da NBA nessa temporada) irá expirar no fim desta quinta-feira, dia 15 de março.  Então, o Hornets tem até lá para definir o futuro do pivô Chris Kaman ou de qualquer outro atleta ou negociação que esteja por baixo dos panos. Desta quinta-feira não passa, amigos! Vamos aguardar…