UMA DUPLA AFINADA

* Por Lucas Ottoni

Olá, parceiros. O post de hoje é rápido, pois eu só quero mostrar o vídeo acima para o pessoal. Ele já rola no YouTube há um tempinho, mas eu o encontrei hoje e gostei do que vi. Não conheço o “pai da criança” (Simple OG), mas preciso parabenizá-lo. Muito legal! O que temos são imagens sensacionais dos calouros do Hornets – Anthony Davis e Austin Rivers – barbarizando na telinha do videogame. Trata-se do jogo NBA 2K12, uma verdadeira febre entre os fãs da pelota laranja. No vídeo, Davis e Rivers fazem de tudo: dribles, arremessos, pontes, enterradas… E quem sofre são os marcadores de Los Angeles Lakers, Miami Heat e Oklahoma City Thunder. Tudo é muito bem feito e parece quase real. Um grande show! Agora, só nos resta torcer para que essa dupla afinada faça estragos não apenas nos games, né?

OBS 1: A música do vídeo também é muito legal. Trata-se de “Touch the Sky“, do rapper americano Kanye West.

OBS 2: Eu não sei se vocês repararam, mas a bola manuseada por Rivers e Davis no vídeo não é a oficial da NBA. Me parece a bola utilizada em jogos da FIBA, a Federação Internacional de Basquetebol. Um deslize? Que nada. O que importa não é a bola, mas sim o que fazem com ela, concordam?

* HORNETS VS ROCKETS: Nesta quarta-feira (24/10), o Hornets voltará à quadra para a sua sétima partida na pré-temporada. Os zangões vão encarar o time de Houston, na New Orleans Arena, a partir das 22h (horário de verão – Brasília). GO HORNETS!!!

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* DERROTA: Falaremos sobre o jogo contra o Mavericks (que aconteceu na última segunda, 22/10, em Dallas) no próximo post. Na verdade, eu não tenho a menor vontade de comentar o que se passou lá no Texas, mas nós vamos postar uma análise dupla, das duas partidas (Mavs e Rockets). Aguardem!

UM MOVIMENTO NECESSÁRIO

Emeka Okafor e Trevor Ariza foram enviados para o Washington Wizards

* Por Lucas Ottoni

Bom, eu sei que isso tem cheiro de semana passada, mas como foi um acontecimento importante para o futuro da franquia, a gente vai falar um pouquinho sobre a troca envolvendo o nosso querido New Orleans Hornets e o Washington Wizards. A minha demora tem uma explicação: eu estive viajando por uns dias e sobrou muito pouco tempo para me dedicar ao BH, então é hora de correr atrás do prejuízo e analisar o que as saídas de Trevor Ariza e Emeka Okafor poderão representar para os zangões. O surpreendente (eu não esperava) comércio entre Hornets e Wizards foi sacramentado na última quarta-feira (20/06) e consiste no seguinte:

– O Wizards recebe: Trevor Ariza + Emeka Okafor

– O Hornets recebe: Rashard Lewis + a 46ª escolha no draft de 2012

Vocês, parceiros que acompanham o Brazilian Hornet há algum tempo, sabem que eu sempre fui a favor de trocarmos o Okafor (Aleluia!). E também sabem que eu nunca considerei o Trevor Ariza um jogador essencial ao elenco do Hornets, embora ele seja um defensor de perímetro dos mais eficientes. Isto posto, eu só posso dizer que a troca foi maravilhosa para a franquia da Louisiana! Quanto ao Wizards, eles receberam dois atletas que certamente irão tornar o time muito melhor defensivamente e com chances de lutar por um lugarzinho entre os Top 8 do Leste. Mas voltemos ao Hornets…

* Veja aqui a retrospectiva de Trevor Ariza em 2011-12

Agora que vocês já sabem que eu gostei demais da troca, vou explicar os motivos do meu entusiasmo. Em primeiro lugar, o Emeka Okafor iria comer U$ 13,5 milhões da folha salarial do Hornets na próxima temporada – e mais U$ 14,5 milhões em 2013-14.  São ganhos altíssimos para um pivô que esteve por 3 anos em New Orleans e nunca mostrou a consistência que dele se esperava. Em segundo lugar, vem o ala Trevor Ariza e o seu salário de U$ 7,3 milhões. Honestamente? Eu não acho que os vencimentos do Ariza sejam tão absurdos assim. No entanto, (repetindo) ele não é um jogador essencial aos zangões, e é muito melhor ceder ele do que uma escolha nº 10 (como se especulava) no comércio com a turma de Washington, concordam? Então, ao realizar essa jogada, o Hornets estaria liberando uma nota preta de sua folha de pagamentos. Calma, eu disse ESTARIA

Rashard Lewis deverá ser dispensado

Sim, chegou o momento de olharmos para o decadente ala Rashard Lewis e o seu absurdo contrato expirante de U$ 23,8 milhões a serem pagos em 2012-13. Um disparate, não é mesmo? Pois bem, ao receber o jogador do Wizards, o Hornets teria de arcar com essa enormidade de dinheiro na próxima temporada. Ah, mas eu disse TERIA… E é aí que entra o detalhe que deixa essa transação ainda melhor para a galera da Louisiana: na NBA, é possível se utilizar de uma prática conhecida pelo nome de Buyout. Ok, mas que diabos é isso? Eu explico: o Buyout acontece quando um jogador e o seu time entram em um acordo para que uma certa quantia do salário dele seja paga de uma vez. Dessa forma, o atleta seria dispensado da equipe sem mais nenhuma obrigação contratual, sacaram? Então, sanada a dúvida, é praticamente certo que deverá rolar um Buyout entre o Hornets e o Lewis. Os zangões se comprometeriam a pagar uma quantia de U$ 13,7 milhões do salário do jogador e o dispensariam até o dia 1º de julho. Com essa economia, a franquia de New Orleans terá uns U$ 10 milhões de dólares a mais disponíveis na folha salarial – além do alívio financeiro com as saídas dos contratos de Okafor e Ariza!

* Clique aqui e veja a atual folha de pagamentos do Hornets

Imaginem só: além de não arcar mais com os pesadíssimos valores da dupla Mek e Trevor, o Hornets pagará ao Lewis “apenas” 13,7 dos U$ 23,8 milhões estipulados em contrato e o dispensará. Isso é uma economia tremenda e abre uma flexibilidade enorme para os zangões “atacarem” o mercado de agentes livres! Foi uma excelente jogada do nosso GM, o Dell Demps. Pois o Hornets não apenas se livrou do contrato horrível do Okafor (sem precisar se desfazer da nossa 10ª escolha para isso), como também economizará uma bela grana e receberá ainda a escolha nº 46 (quem sabe não pinta alguém útil aí?). É impossível não gostar do que foi feito! Na verdade, eu considerei essa troca como um movimento necessário para que a franquia obtenha sucesso nos próximos anos. Pense em se livrar dos contratos ruins e conseguir uma boa flexibilidade na folha salarial para reforçar o elenco. E o mais importante: ter tranquilidade (e dinheiro) para igualar qualquer proposta pelo Eric Gordon na agência livre e mantê-lo em New Orleans.  Quer algo mais necessário que isso?

OBS: Não podemos deixar de agradecer a Trevor Ariza e Emeka Okafor pelos anos de serviços prestados ao New Orleans Hornets. Eu desejo que eles tenham sucesso em Washington e sigam as suas carreiras da melhor forma possível. Boa sorte a ambos!

* PROMESSA É DÍVIDA: Ainda falaremos sobre os jovens que poderão ser agraciados com a 10ª escolha (e agora a 46ª também) no draft de 2012, o aguardado evento que ocorrerá na noite desta quinta-feira (28/06). Até lá o post sai, podem ficar sossegados.

* ALGUMAS SITUAÇÕES: O pivô Chris Kaman se tornará agente livre irrestrito, e o Hornets não deverá reassinar com ele. Já o ala-pivô Carl Landry – que também será agente livre irrestrito – disse que gostaria de permanecer em New Orleans. Mas eu, pessoalmente, não acredito na possibilidade.

* FOX SPORTS NEW ORLEANS: O Hornets acaba de fechar um acordo com o canal a cabo Fox Sports para a transmissão de 75 jogos (número que pode variar) do time na próxima temporada. Pela parceria, a franquia deverá receber cerca de U$ 10 milhões por ano. A ideia é aumentar o número de telespectadores americanos que possam ter acesso aos jogos dos zangões (inclusive, via satélite). Para mais informações, clique aqui.

* HEAT CAMPEÃO: A equipe de Miami conquistou o título da temporada 2011-12 da NBA de forma merecidíssima, diga-se de passagem. Com LeBron James jogando o fino, o Oklahoma City Thunder não deu nem para a saída. Eu confesso que esperava uma série final mais equilibrada. Mas o placar de 4 a 1 indica que o troféu está em muito boas mãos.

* TYLER ZELLER: Você é fã do Hornets? Então, é bom guardar o nome dele…

RETROSPECTIVA 2011-12 # 3

Trevor Ariza e Al-Farouq Aminu: alas com potencial defensivo

* Por Lucas Ottoni

Dando prosseguimento ao nosso trabalho de avaliação do elenco do New Orleans Hornets na temporada 2011-12 da NBA, chegou a hora de falarmos sobre os ALAS da equipe. Já analisamos os ARMADORES e os ALAS-ARMADORES, e agora vamos destacar os jogadores da posição 3, aqueles que costumam jogar abertos, pelas laterais da quadra. Geralmente, os alas possuem inúmeras funções dentro de um time de basquete. Eles defendem o perímetro e atacam a cesta adversária – seja “chutando” ou infiltrando – sem concentrar o jogo dentro do garrafão, como também podem se movimentar abrindo espaços para outros jogadores encontrarem a cesta com mais facilidade. De fato, essa é uma posição que exige muito do atleta. E então? Será que os alas do Hornets mandaram bem? É isso o que iremos avaliar agora…

* TREVOR ARIZA #1

Médias: 32.9 mpg / 10.8 ppg / 3.3 apg / 5.2 rpg / 1.7 spg / 0.6 bpg

Número de jogos: 41 (todos como titular)

A temporada 2011-12 acabou não sendo das mais marcantes para o ala Trevor Ariza. Resumindo: alguns problemas físicos, as habituais dificuldades (técnicas) no setor ofensivo, uma defesa – até certo ponto – eficiente e raras atuações de destaque. Essa combinação de fatores aponta para uma carência importante dentro do elenco do Hornets. Pois é, está muitíssimo claro que a franquia da Louisiana necessita de um ala mais gabaritado tecnicamente. Não que o Ariza seja um mau jogador, longe disso. Ele é um ala com uma energia defensiva e uma entrega tremenda dentro de quadra. Além disso, é um atleta que não costuma se esconder ou se omitir durante os jogos. Porém, o Hornets é uma equipe sedenta por talento ofensivo, algo que é justamente o ponto fraco do Ariza. Na verdade, ele não possui um arremesso dos mais confiáveis e também mostra enormes dificuldades técnicas no controle da bola e na execução das jogadas. E para piorar a situação do Ariza, o técnico Monty Williams o afastou da reta final do campeonato para poder observar melhor o desempenho do seu reserva, o jovem Al-Farouq Aminu. E o que fez o Aminu? Bem, ele apresentou uma grande energia defensiva e algumas deficiências ofensivas. Isso te lembra alguém? Pois é… Então, o dilema que cabe aqui é o seguinte: o que é melhor para a franquia? manter um jogador de quase 27 anos que não é essencial ao elenco, ou investir em um jovem de 21 anos, com potencial de crescimento e características similares às de seu titular, além de um contrato bem mais barato? Enfim, essa temporada deu todos os indicativos de que o Trevor Ariza poderá estar vestindo um outro uniforme em 2012-13.

PONTO POSITIVO: O Ariza é um cara trabalhador, além de um bom defensor. O grande valor dele está em sua energia para a marcação e sua entrega em quadra (veja um belo roubo dele no vídeo abaixo). E é exatamente por causa disso que o ala do Hornets sempre terá mercado na NBA – enquanto tiver condições físicas, é claro. Muitas equipes admiram a disposição defensiva do Ariza, que, inclusive, já foi campeão da liga com o Los Angeles Lakers (na temporada 2008-09).

PONTO NEGATIVO: Se você procura por um ala talentoso, que possa marcar pontos e se tornar um dos condutores do seu time dentro de quadra, então risque o Trevor Ariza da sua lista de compras. Ele não pode (de jeito algum!) ser o ala titular de uma equipe que careça de poder ofensivo – como o Hornets. As dificuldades técnicas desse jogador são bem nítidas, e ele demonstrou isso novamente em 2011-12. No fim das contas, o Ariza seria o nome ideal para franquias que precisam de um bom reserva para entrar e defender o perímetro. E nada mais.

O FUTURO: Honestamente, eu não vejo a menor necessidade de se manter o Ariza no elenco do Hornets. A equipe já conta com o Aminu para ser reserva e desempenhar um papel bem similar recebendo muito menos dinheiro por isso. Além do mais, os zangões necessitam de um ala titular com mais poder ofensivo, algo que está muito claro. Então, o Ariza poderia até ser envolvido em uma troca que nos traga o jogador que tanto precisamos. Quem sabe?

* AL-FAROUQ AMINU #0

Médias: 22.4 mpg / 6.0 ppg / 1.0 apg / 4.7 rpg / 0.9 spg / 0.5 bpg

Número de jogos: 66 (21 como titular)

Temos um longo caminho a ser percorrido aqui. A temporada 2011-12 mostrou que o Al-Farouq Aminu é um jogador ainda em formação, que precisa trabalhar muito para alcançar o mínimo de consistência dentro de uma quadra da NBA. Como vocês devem lembrar, ele chegou ao Hornets como parte daquela negociação que enviou o nosso ex-armador Chris Paul ao Los Angeles Clippers. Assim sendo, logo nos primeiros jogos com o time dos zangões, o Aminu deu mostras de que é um atleta “cru” para atuar entre os profissionais. Eu acho que ele acabou indo para a NBA antes da hora (aos 19 anos) e está pagando o preço por ter adiantado o seu processo de desenvolvimento como jogador. Talvez, mais um ou dois anos jogando na universidade (Wake Forest) poderiam ter feito muito bem ao ala de descendência nigeriana. Ele tem apenas 21 anos, acabou de cumprir a sua segunda temporada na liga (a primeira com o Hornets) e vem apresentando alguns defeitos em seu jogo, principalmente quando tem a bola nas mãos. No ataque – onde não raramente foi vítima de bloqueios e roubos fáceis -, ficou evidente a sua falta de maturidade. Além disso, ele possui um arremesso que precisa ser trabalhado, embora não seja tão ruim. Apesar dessas deficiências, o Aminu é um jogador com algum potencial, principalmente no setor defensivo. Ele é atlético, longilíneo, tem muita energia para marcar o perímetro e consegue apanhar rebotes com alguma facilidade, devido à sua estatura (2,06 metros) e boa impulsão. Na reta final da temporada – quando recebeu chances como titular -, mostrou qualidades (sobretudo defensivas) para se tornar um reserva útil. Se bem trabalhado, o Aminu pode vir a ser uma peça interessante para compor o nosso elenco a longo prazo. Mas vale repetir: há um longo caminho a ser percorrido aqui.

PONTO POSITIVO: É jovem, atlético, bom para apanhar rebotes e apresenta potencial defensivo (veja um bloqueio dele no vídeo abaixo). Com um pouco mais de maturidade e lapidação em seu jogo, o Aminu tem tudo para ser um jogador muito legal de se assistir nos próximos anos. Se ele conseguir aliar alguma técnica ao seu atletismo, o New Orleans Hornets ganhará um ala verdadeiramente capaz de fazer a diferença em suas partidas, mesmo que saindo do banco de reservas.

PONTO NEGATIVO: Imaturidade, inexperiência e pouca técnica com a bola nas mãos. Existem jovens jogadores que já entram na NBA com um QI fora do normal e possuem uma facilidade extrema para evoluir e causar impacto com alguma rapidez. Exemplos? Chris Paul, LeBron James, Kevin Durant, Kobe Bryant, etc. Só que esse – obviamente – não é o caso do Aminu. Ele é “cru” demais e precisa ser trabalhado de forma intensa para desenvolver o seu jogo. Além disso, não há garantia alguma de que ele se tornará um grande atleta no futuro. Chegou na NBA de forma precoce (escolhido pelo Clippers, em 2010) e teve dificuldades em sua temporada de estreia com o Hornets.

O FUTURO: Com a provável saída do Trevor Ariza, é muito seguro afirmar que o Aminu seguirá em New Orleans como um ala reserva dentro do elenco dos zangões. Ele é mais uma aposta do técnico Monty Williams, que pretende transformá-lo em um defensor eficiente, além de desenvolver o seu jogo como um todo. Portanto, eu creio que a Louisiana deve ser a casa do atleta pelas próximas temporadas.

– Outros alas que passaram pelo Hornets (sem grande repercussão) na temporada 2011-12: DaJuan Summers.

* PRÉ-DRAFT: O New Orleans Hornets já está começando a avaliar alguns jovens atletas que poderão ser candidatos à escolha de número 10 da franquia da Louisiana. Nomes como John Henson, Jeremy Lamb, Austin Rivers, Tyler Zeller e Terrence Jones estiveram no Alario Center esta semana e realizaram treinos sob as vistas do técnico Monty Williams e do GM Dell Demps. Nos próximos dias, o BH falará um pouco sobre cada um desses rapazes (e também sobre outros) – e o que eles poderão fazer pelo Hornets. Aguardem!

* PLAYOFFS: E não é que o San Antonio Spurs acabou eliminado pelo Oklahoma City Thunder? Com isso, o meu palpite (Spurs vs Heat na final) virou fumaça. Acontece que o Kevin Durant é um jogador impressionante. Jogar basquete parece algo facílimo para ele, e o Thunder agora pinta como um forte candidato ao título da temporada. Contudo, eu prefiro não palpitar mais. Vamos deixar a coisa rolar… O certo mesmo é que teremos  excelentes jogos na decisão, seja contra Miami Heat ou Boston Celtics.

O QUE FAZER COM CHRIS KAMAN?

O New Orleans Hornets tem até o dia 15 de março para definir o futuro do pivô

* Por Lucas Ottoni

Salve! Após esse feriadão do carnaval, o Brazilian Hornet está de volta à ativa. Enquanto eu estava dando um tempo dessa vida virtual e me divertindo um pouquinho na região serrana do Rio de Janeiro, o New Orleans Hornets (8-25) teve o seu primeiro back-to-back-to-back na temporada 2011-12 da NBA. Isso mesmo, três jogos em três dias. E todos fora de casa. Uma insanidade! Os resultados não foram lá grandes coisas, embora o time tenha se apresentado relativamente bem nessas partidas. Na última segunda-feira (20/02), derrota para o fortíssimo Oklahoma City Thunder: 101 a 93. Um dia depois, viagem até Indianápolis e derrota para o Indiana Pacers, na prorrogação: 117 a 108. Por fim, ontem nós enfrentamos o Cleveland Cavaliers e conseguimos uma vitória, por 89 a 84. Nos últimos seis jogos, os zangões conquistaram quatro triunfos, o que é uma boa marca. Claro, isso não vai mudar muito a nossa posição no campeonato (lanterna do Oeste), mas serve como um belo incentivo para esse grupo de jogadores que trabalham duro todas as noites. Além do mais, parece que o técnico Monty Williams encontrou um quinteto titular que vem dando conta do recado, mesmo com as contusões de peças importantes, como Eric Gordon, Carl Landry, Jason Smith e Emeka Okafor. Vamos falar um pouquinho desses cinco senhores que não deixaram a peteca cair:

PG – Greivis Vasquez: Eu já discorri bastante sobre esse jogador no nosso penúltimo post. Ele ainda tem defeitos a desenvolver no seu jogo, mas é inegável que o Hornets é uma equipe bem melhor quando o venezuelano tem a bola nas mãos. Vasquez é inteligente, joga para o time e vem conseguindo envolver seus companheiros no ataque. Somos mais competitivos com ele na armação, embora Jarrett Jack seja um pontuador mais eficiente. Aliás, creio que os dois podem jogar perfeitamente juntos, com Jack na posição 2.

SG – Marco Belinelli: O tão criticado ala-armador italiano vem melhorando consideravelmente os seus números, principalmente na pontuação. Parece que o Belinelli, enfim, pegou no tranco. Os seus arremessos têm caído com mais frequência, ele não tem forçado tanto os “chutes”, a sua marcação também tem melhorado e ele parece muito mais confiante em quadra. Com o Vasquez na armação, o desempenho do Marco tem crescido bastante nas últimas partidas. Eles têm se entendido muito bem em quadra, por sinal.

SF – Trevor Ariza: Esse é outro jogador que tem feito belas partidas. A sua intensidade defensiva já é conhecida por todos, mas o desempenho ofensivo do Ariza é que tem surpreendido. Assim como o Belinelli, ele melhorou demais a sua produção no ataque e tem sido peça fundamental para as últimas vitórias dos zangões no campeonato.

PF – Gustavo Ayon: O ala-pivô mexicano é uma bela surpresa para os fãs do Hornets. Com as contusões de Carl Landry e Jason Smith, o Ayon recebeu a sua chance como titular e está se desempenhando muito bem. Além de conseguir alguns duplos-duplos, ele vem se mostrando um ótimo reboteiro e tem feito uma dobradinha bastante eficiente com o pivozão Chris Kaman. Esse jogador ainda vai dar o que falar, amigos…

C – Chris Kaman: Ele é a estrela deste post. Vou comentar sobre o excelente pivô alemão mais abaixo. Afinal, o New Orleans Hornets está com um verdadeiro “pepino” nas mãos.

Enfim, com esse quinteto titular (monopolizando os minutos em quadra), o time do Hornets vem conseguindo render o que jamais rendeu na temporada, até o momento. As quatro vitórias nos últimos seis jogam provam isso. Eu só quero saber o que o Monty Williams irá fazer quando Landry, Smith e Okafor estiverem de volta. Que “dor de cabeça”, hein coach?

Kaman teve ótima atuação contra o Cavs

Vocês já perceberam que o título deste post é uma pergunta, né? O que fazer com Chris Kaman? Pois é, o destino do pivô alemão é uma tremenda incógnita neste momento. Tudo leva a crer que ele será mesmo trocado para uma equipe que possui grandes pretensões nessa temporada. Além do mais, a passagem do Kaman por New Orleans tem sido uma verdadeira gangorra, de altos e baixos. No fim de janeiro, ele chegou a ser afastado do elenco dos zangões para ser negociado, mas nada aconteceu e ele acabou reintegrado semanas depois. Nesse meio tempo, ocorreu algo que mudou totalmente (ou não) o rumo das coisas para o Kaman dentro do Hornets: o pivô Emeka Okafor machucou o joelho esquerdo e foi afastado da equipe, por contusão. Diante desse quadro, o técnico Monty Williams teve de escalar o alemão como titular. E aí vocês já sabem o que aconteceu, né? O Kaman começou a jogar maravilhosamente bem, tem sido mortal no ataque e eficiente na defesa, vem colecionando duplos-duplos e – ao lado do Gustavo Ayon – está fazendo do Hornets uma equipe muito mais forte e competitiva. No último jogo, contra o Cavaliers, o alemão anotou 21 pontos e agarrou 13 rebotes, uma belíssima exibição. E agora? O que a franquia deve fazer?

No vídeo abaixo, os highlights da vitória do Hornets sobre o Cavs:

Eu ainda acho que o Hornets está colocando o Kaman “na vitrine”, com o intuito de valorizar o jogador para uma futura troca. A cada boa atuação do alemão, o seu valor (teoricamente) cresce no mercado. E o GM Dell Demps, capitaneado pela NBA, está em busca do melhor negócio possível para a franquia de New Orleans. Contudo, se sairmos dessa área dos negócios e olharmos sob a perspectiva esportiva, eu encontro uma série de questões pertinentes (creio eu): será que vale a pena trocar um pivô com a qualidade do Kaman? Achar um outro pivô com essa mesma qualidade é tarefa fácil? Temos, no nosso elenco, um pivô melhor que o alemão? Não haveria a possibilidade de trocarmos o nosso outro pivô (o Okafor) e mantermos o Kaman no time? Do jeito que o germânico vem jogando, não dá para simplesmente aceitar a sua saída e não questionar nada, a não ser que o negócio seja fantástico para o Hornets (algo que eu duvido). Eu gostaria muito que houvesse tempo de se pensar bem e voltar atrás, pois o Kaman – jogando tudo o que sabe – é mais jogador que o Okafor. E eu sempre quero os melhores jogadores no meu time. Mas aí há um outro problema: o contrato do Chris Kaman expira no fim dessa temporada, e, se não o trocarmos até a trade deadline, no dia 15 de março, ele poderá se tornar um agente livre irrestrito e ir para onde quiser. Nesse caso, o Hornets perderia o atleta sem receber nada em troca. Situação bastante complicada…

* Confira aqui uma entrevista com o pivô Chris Kaman (em inglês)

O Kaman, certamente, não deve ter ficado nem um pouco satisfeito por ter sido afastado do time há um mês. Ele mesmo já disse que ficou confuso com toda essa situação, sem saber se vai ou se fica, para onde vai e quando vai, etc. Portanto, voltar atrás agora e estender o contrato do jogador parece uma tarefa bem complicada. Improvável, eu diria. O alemão está sendo muito profissional, vem jogando o fino e ajudando o Hornets a vencer jogos. No entanto, ele pode ter se sentido desprestigiado pela direção dos zangões e ele próprio já visualiza a troca como a única alternativa sobre a mesa. Além disso, o Hornets corre contra o tempo para fechar negócio e não sair de mãos abanando. Portanto, afastar o Kaman e tratá-lo como uma moeda de troca pode ter sido um grande erro. O cara tem apenas 29 anos, está jogando muito, encaixou no time, é um dos melhores pivôs da liga e poderia ser parte de uma era vencedora no futuro dos zangões. Será que há volta? Eu acho que não. A sua saída de New Orleans parece inevitável. Tarde demais.

E você? O que faria com o Chris Kaman? Aguardo respostas nos comentários…


 FERROADAS

* FUTURO DONO?: Eu tenho lido aí algumas especulações de que o Hornets terá um novo proprietário já no início de março. Fala-se em, pelo menos, seis ou sete interessados na compra da franquia, e as conversas estariam muito avançadas. Tomara que, enfim, essa questão se concretize e a novela tenha um final feliz para os zangões.

UMA NOITE INSANA!

Dessa vez, foi o garoto-sensação Jeremy Lin quem teve de se curvar

* Por Lucas Ottoni

Olá, amigos. Hoje o post será rapidíssimo, porque eu estou saindo para viajar e só volto no meio da próxima semana. Então, até lá, o Brazilian Hornet não será atualizado. Aliás, depois do que o New Orleans Hornets (7-23) fez nesta madrugada (de Brasília), a vontade que dá é de deixar este texto aqui por muito, muito tempo. Se lembram da “Linsanity”, das sete vitórias consecutivas, da invencibilidade do New York Knicks (15-16), desde que o garoto-sensação Jeremy Lin apareceu no time? Pois é, acabou. Fim de papo. Em uma noite insana (me desculpe pelo adjetivo, Ling Ling), os zangões mandaram o Knicks para o espaço, em pleno Madison Square Garden: 89 a 85. Pode crer!

* Confira aqui o Box Score (com vídeos) da partida

Foi uma vitória sensacional (nossa terceira consecutiva), com o ginásio lotado, fazendo barulho, e com toda a imprensa e o público sedentos por novos feitos do armador da moda na NBA. O Hornets surpreendeu, chamou os holofotes para si e fez o Jeremy Lin, enfim, conhecer o amargo sabor da derrota. Não nos curvamos a essa bobagem de “Linsanity” e mostramos que, com trabalho duro, tudo é possível. Enjoy!

O time do Hornets se apresentou muito bem, especialmente o seu quinteto titular. O ala Trevor Ariza foi o nosso destaque e fez um pouco de tudo: anotou 25 pontos, apanhou 8 rebotes, roubou 3 bolas e conseguiu 2 bloqueios. Já o armador Greivis Vasquez (lembram dele?) obteve um duplo-duplo (15 pontos e 11 assistências), assim como o ala-pivô Gustavo Ayon (13 pontos e 11 rebotes). O ala-armador Marco Belinelli (17 pontos) e o pivô Chris Kaman (12 pontos e 8 rebotes) também tiveram exibições sólidas. Esses cinco jogadores sacudiram New York e deixaram o Madison Square Garden em silêncio, no fim do jogo. O Jeremy Lin? Bem, ele anotou 26 pontos, distribuiu 5 assistências, roubou 4 bolas e cometeu 9 TO (!). Ok, e daí? Nós não temos nada com isso. Somos imunes a essa tal de “Linsanity”. Um bom carnaval a todos! Pois o meu já começou muitíssimo bem!

OBS: O próximo jogo do Hornets acontecerá na segunda-feira (20/02), contra o Oklahoma City Thunder, em Oklahoma. Mas disso a gente fala lá para o meio da semana…