“ELES SERÃO ASSUSTADORES”

Foto do Tony Parker abrindo o post?! Sim, há um motivo…

* Por Lucas Ottoni

O jovem time do Hornets teve uma atuação animadora estreando na temporada 2012-13 da NBA, mas não deu. Acabamos derrotados pelo forte e experiente San Antonio Spurs, ontem, lá na New Orleans Arena. Restando 50 segundos para o fim, os zangões venciam por 95 a 94, mas o armador francês Tony Parker acertou um “chute” de três pontos para virar o placar. Mais calejada, a equipe texana apertou a marcação, induziu os anfitriões ao erro e saiu de quadra com uma vitória suada: 99 a 95. Há motivos para decepção? Nenhum. A verdade é que o Hornets jogou muito bem na noite de Halloween, apresentou uma boa defesa, jogadas rápidas em transição e brindou o público presente na Colmeia (aliás, mais uma vez nós vimos assentos vazios) com belos lances como esse:

Falando sobre a partida, o Hornets chegou a liderar o placar por 11 pontos no 2º quarto, e iria para o intervalo vencendo por 10, se o limitado ala-pivô Matt Bonner não tivesse acertado um arremesso de três no estouro do cronômetro (é a única coisa que esse sujeito sabe fazer dentro de uma quadra de basquete, azar o nosso). Depois, tivemos aquela tradicional queda de rendimento no 3º quarto e permitimos a virada do Spurs. Mas nos reencontramos no jogo e levamos a disputa equilibrada até o fim, quando a experiência e a frieza dos texanos falaram mais alto. Eu poderia ficar aqui lamentando a ausência do Eric Gordon – que continua dizendo que está com o joelho ruim e não tem previsão para atuar – ou poderia dizer que fulaninho jogou bem ou que sicrano  foi mal. Só que eu prefiro exaltar o bom trabalho que fizemos ontem. O renovado time do Hornets perdeu “só” para a equipe de melhor campanha do Oeste na temporada passada, que chegou a ficar mais de 20 partidas sem perder, que varreu o ótimo Los Angeles Clippers de Chris Paul e Blake Griffin nos playoffs e que possui o treinador que é aclamado por muitos como o melhor da NBA (Gregg Popovich). Então, não tem como lamentar nada e nem apontar culpados para essa derrota, que era tão esperada quanto aceitável. Perdemos, mas jogamos um ótimo basquete. E isso é o importante aqui. Somos 0-1, mas deixamos uma impressão muito positiva. Que venha o próximo duelo…

* Confira aqui o Box Score (com vídeos) da partida contra o Spurs

Pensa que acabou? Nada disso! A gente precisa destacar os elogios que o pessoal da ESPN – que transmitiu o jogo para o Brasil – direcionou ao jovem time do Hornets. Em especial, o comentarista Eduardo Agra. Isso é muito legal e enche de alegria os fãs dos zangões aqui na Pátria Amada. Os mais elogiados foram o nosso ala-pivô fantástico Anthony Davis (21 pontos e 7 rebotes), o ala Al-Farouq Aminu – que teve uma atuação surpreendente! – (17 pontos, 7 rebotes, 3 assistências, 2 roubos e 3 bloqueios) e o armador Greivis Vasquez (13 assistências, uma mais linda que a outra). Os grandalhões Jason Smith (como eu gosto desse cara!), Ryan Anderson e Robin Lopez também foram citados. Mas o melhor, eu deixo para o final. Vejam o parágrafo abaixo

Após o jogo, o excelente armador Tony Parker, um dos destaques do Spurs (23 pontos e 6 assistências), disse o seguinte: “Ele (Anthony Davis) é muito talentoso, e eles (Hornets) serão assustadores nos próximos 2 ou 3 anos“. Pronto, encerro por aqui.

No vídeo abaixo, os highlights da estreia dos zangões:

* ERIC GORDON: O que falar desse sujeito? Após o jogo de ontem (ele foi vaiado pelo público, quando a sua imagem apareceu no telão do ginásio), o cara disse que está muito frustrado por causa do joelho que ainda o limita, mas que está ansioso para jogar pelo Hornets e fazer parte do nosso futuro de sucesso. Perfeito, não é mesmo? Mas olhem o que o jornalista John Hollinger escreveu em seu chat: “Algo não está certo lá (em New Orleans), com certeza. É extremamente raro um treinador basicamente dizer em voz alta que os médicos pensam que o cara está bem, mas que ele ainda não vai jogar“. Tirem as suas próprias conclusões…

* AUSTIN RIVERS: Diferentemente do restante do time, o garoto não fez uma boa estreia ontem. Ele parecia nervoso e se cobrava demais quando errava. Contudo, ele quer jogar. A gana, o profissionalismo e a ética de trabalho do rapaz são invejáveis e deveriam servir de exemplo outros jogadores, não é mesmo? Vale lembrar que ele machucou o mesmo tornozelo em dois jogos diferentes na última semana, mas fez questão de estrear com o time e de dar a sua contribuição em quadra. Portanto, é merecedor de todos os elogios.

* Leia aqui o pós-jogo do site Spurs Brasil

* TIM DUNCAN: Como joga esse ala-pivô do Spurs! Aos 36 anos, ele continua em excelente nível e mostra que, de fato, é um dos maiores alas-pivôs da NBA em todos os tempos. Ontem, contra o nosso Hornets, (infelizmente!) foram 24 pontos, 11 rebotes, 3 assistências e 3 bloqueios. Um monstro!

* OUTRA NOVIDADE: Amanhã é dia de jogo dos zangões, né? Então, teremos um post rápido e uma surpresinha para vocês. Aguardem!

DEZ JOGOS PARA O FIM

O "balé" da NBA: Al-Farouq Aminu e Michael Beasley, na vitória do Hornets

* Por Lucas Ottoni

A atual temporada não está sendo nada fácil para o New Orleans Hornets (15-41), vocês sabem. Após o fim da era Chris Paul/David West, a franquia entrou em um processo de reconstrução e passou por inúmeros problemas ao longo do campeonato de 2011-12, problemas esses que cansamos de expor aqui desde que o Brazilian Hornet entrou oficialmente no ar, em dezembro do ano passado: a ausência de um proprietário, as intervenções da NBA em qualquer movimento realizado pela franquia, a dificuldade em negociar com outras equipes, a inexperiência e falta de entrosamento do novo time, os vários desfalques e contusões, as deficiências técnicas (sobretudo ofensivas) do elenco, etc. Enfim, percalços de uma temporada que acabou sendo cruel conosco, mas que serviu também para que começássemos a arrumar a “casa”. Passados quase 4 meses, estamos a apenas 10 jogos do fim dessa caminhada. Afinal, das 66 partidas previstas no calendário, o Hornets cumpriu 56, e o técnico Monty Williams certamente já tirou algumas conclusões de tudo aquilo que foi vivido ao longo desse período. Isso é bom, pois passa a sensação de que não começaremos do zero. Algo positivo foi construído, avaliações foram feitas, e nós vamos seguir a partir daí. Que esses 10 jogos restantes sejam o princípio de um futuro promissor que está a caminho. É o que todos os fãs dos zangões esperam, estou correto? Vamos, então, falar sobre o nosso último back-to-back…

Eric Gordon encara Manu Ginobili

O New Orleans Hornets vem de duas partidas emblemáticas, tanto pelos rivais quanto pelos resultados em quadra. Ok, vamos por partes: na última sexta-feira (06/04), o nosso time foi até o Texas para enfrentar o poderoso San Antonio Spurs (40-14), novo líder da Conferência Oeste, que curte uma sequência de “apenas” 11 vitórias consecutivas! “Molezinha”, não é mesmo? Pois bem, aconteceu aquilo que a gente já esperava, mas não queria: uma derrota. E não foi qualquer derrota. Ao fim do primeiro tempo, o placar indicava 72 a 45 em favor dos texanos! É isso mesmo, nós sofremos 72 pontos na etapa inicial, certamente um recorde negativo na nossa temporada. Precisamos reconhecer que o time do Spurs é “cascudo” e vive um grande momento, o banco de reservas dos caras teve cinco jogadores com 10 pontos ou mais, o veterano Tim Duncan continua desfilando toda a sua categoria, e eles ainda têm o técnico Gregg Popovich, um dos melhores e mais experientes da NBA. Enfim, nós perdemos para uma equipe superior e muitíssimo mais rodada que a nossa. O placar de 128 a 103 não foi exagerado, principalmente pela surra que recebemos no primeiro tempo. Apesar disso, o cestinha desse duelo foi o nosso ala-armador Eric Gordon: 31 pontos para ele! Mas vamos esquecer o Spurs e partir para o dia (e o parágrafo) seguinte…

* Confira aqui o Box Score (com vídeos) da partida (contra o Spurs)

* Veja aqui o pós-jogo do site Spurs Brasil

No sábado (07/04), o Hornets voltou para casa e recebeu o Minnesota Timberwolves (25-32) – outro rival ilustre – na New Orleans Arena. O Wolves é, na verdade, um adversário muito especial. Não entendeu? Ok, então veja:

Como vocês sabem, o Hornets é detentor de duas escolhas de primeira rodada no próximo draft, que acontecerá no fim de junho. Uma delas, é a nossa escolha de direito (que deverá ser bem preciosa, tendo em vista a nossa campanha). E a outra, nós conseguimos na transação que enviou o Chris Paul para o Los Angeles Clippers. Acontece que essa escolha que o Clippers nos cedeu é originária do Minnesota Timberwolves. Portanto, o valor dessa escolha está intrinsecamente ligado ao desempenho do Wolves na atual temporada. Quanto mais derrotas os Lobos tiverem, maiores são as chances de essa escolha – que agora nos pertence – estar entre as primeiras na noite do draft. Então, com as duas escolhas, poderíamos selecionar dois dos jogadores mais promissores disponíveis no projeto, sacaram? O raciocínio é esse, e, por isso, os torcedores do Hornets estão bastante interessados na campanha (e no fracasso) do Wolves.

* Confira aqui o Box Score (com vídeos) da partida (contra o Wolves)

Jason Smith: uma atuação de gala

O trecho acima foi escrito em um post do BH no último dia 12/03 (clique aqui para ler) e mostra exatamente o porquê de estar aberta a temporada de caça aos lobos em New Orleans. Brincadeiras (sem graça) à parte, o Hornets encarou o Wolves – no último sábado – sabendo que uma vitória seria muitíssimo importante para as nossas pretensões no próximo draft. Como era de se esperar, o jogo foi duro. O ala-pivô Kevin Love é um monstro, e jogar contra ele nunca é tarefa das mais agradáveis. Entretanto, apesar dos 29 pontos e 12 rebotes do Mr. “Amor”, os bravos zangões não perderam a oportunidade de empurrar o Wolves cada vez mais para longe dos playoffs. Com três jogadores atingindo a marca de duplo-duplo (Jason Smith, Chris Kaman e Greivis Vasquez), o Hornets saiu de quadra com uma vitória de 99 a 90 e deixou o rival de Minneapolis praticamente sem chances de alcançar a pós-temporada. Devido a isso, aumenta demais a nossa possibilidade de conquistar duas escolhas Top 10 no draft de 2012, que deverá rolar lá no fim de junho. Então, eu só posso abrir aquele sorriso e dizer que foi um resultado fantástico, que une o útil ao agradável!

No vídeo abaixo, os highlights de Hornets vs Wolves:

OBS: Eu não poderia deixar de destacar o ala-pivô Jason Smith. Ele jogou demais contra o Wolves e foi indispensável para a nossa grande vitória. Smith anotou nada menos que 26 pontos (recorde como profissional!), apanhou 10 rebotes e ainda conseguiu 3 roubos, tudo isso em 36 minutos. Bravíssimo!

Para terminar este post, eu vou deixar um registro aqui para vocês: desde que o Eric Gordon retornou ao time, na quarta-feira passada, nós conseguimos duas vitórias em três jogos. Seria coincidência? Talvez. Mas, de qualquer forma, eu fiz uma enquete sobre esse assunto no post anterior e gostaria de convidar o pessoal (que ainda não votou) a participar. É só clicar aqui e mandar ver! Em breve, eu vou comentar as parciais, ok? Fui!

* HORNETS VS LAKERS: Nesta segunda-feira (09/04), os zangões voltarão à quadra. O adversário é o Los Angeles Lakers. O duelo acontecerá às 21h (de Brasília), na New Orleans Arena, e o Brazilian Hornet deve acompanhar, via Twitter. Siga o BH e fique por dentro de tudo o que rolará ao longo da partida. Ganhar dos amarelinhos seria muito bom!

* New Orleans Hornets Brasil: a prévia do jogo

* O FUTURO É LOGO ALI: A temporada (para o Hornets) está chegando ao fim, algumas mudanças deverão acontecer, gente nova chega, outros vão embora, etc. Olha, é só uma impressão minha, mas eu acho que Carl Landry e Trevor Ariza estão vivendo os seus últimos momentos com uniformes dos zangões. É apenas uma sensação, ok? O tempo vai dizer se eu estou certo…