A VIRADA NO FIM DE SEMANA: 2-1

Greivis Vasquez liderou o Hornets e anotou 18 pontos na vitória sobre o Bulls

* Por Lucas Ottoni

Na última quarta-feira, o New Orleans Hornets iniciou a temporada 2012-13 da NBA jogando muito bem, mas acabou derrotado em casa pelo fortíssimo San Antonio Spurs. Só que bastou um fim de semana para que o registro de 0-1 se transformasse em 2-1. Mantendo o bom nível da estreia, os zangões superaram o Utah Jazz e o Chicago Bulls para saírem vitoriosos de seu primeiro back-to-back (jogos em dias consecutivos) no campeonato. Eu vou falar rapidamente sobre ambos os triunfos fazendo uma análise geral a respeito do time nas duas partidas. Então, vamos lá

Na última sexta-feira (02/11), o Hornets recebeu o Utah Jazz e teve de cortar um dobrado para arrancar a vitória na New Orleans Arena: 88 a 86. O jogo seguiu equilibrado até o fim, com as duas equipes se alternando no placar. Os zangões não faziam uma boa marcação no perímetro, o que possibilitava os arremessos de três pontos muitas vezes certeiros do ala Gordon Hayward e do ala-armador Randy Foye (até o ala-pivô Paul Millsap acertou um chute de longe que quase nos complicou!). Além disso, o time do Jazz apanhou alguns rebotes ofensivos que poderiam ter definido o confronto. Mesmo com as dificuldades impostas por um adversário com jogadores mais altos, o Hornets se superou e conseguiu arrancar o resultado na base da raça. A poucos segundos do fim, as equipes empatavam em 86 a 86, quando o armador venezuelano Greivis Vasquez arquitetou uma linda jogada e finalizou com precisão para nos dar o primeiro triunfo em 2012-13. Confiram – no vídeo abaixo – o lance que decidiu o duelo a nosso favor:

Além da cesta vitoriosa de Vasquez, outro fato que chamou a atenção foi a saída do ala-pivô Anthony Davis ainda no primeiro tempo da partida. Ele recebeu uma cotovelada involuntária do companheiro Austin Rivers, colocou as mãos no rosto e foi para o vestiário com suspeita de concussão. Não voltou. E o Hornets teve de arrancar a vitória sem o seu jogador mais talentoso: 1-1.

Os nossos destaques diante do adversário de Salt Lake City foram o armador Greivis Vasquez (duplo-duplo, com 13 pontos e 10 assistências), o ala-pivô Ryan Anderson (19 pontos e 6 rebotes), o pivô Robin Lopez (19 pontos e 7 rebotes) e o ala Al-Farouq Aminu (15 pontos, 8 rebotes e 2 roubos).

* Confira aqui o Box Score (com vídeos) da partida contra o Jazz

Um dia depois (03/11), lá em Chicago, o Hornets se apresentou sem Anthony Davis diante do – até então invicto – Bulls. A equipe da casa vinha de uma vitória expressiva sobre o promissor Cleveland Cavaliers na noite anterior (115 a 86), e muitos pensavam que os zangões seriam apenas a próxima vítima. Ledo engano. Atuando em um ritmo fortíssimo no início da partida, o Hornets logo abriu 10 a 2 no placar. No entanto, os pedidos de tempo técnico do treinador Tom Thibodeau surtiram efeito, o Bulls equilibrou o duelo e conseguiu virar o marcador no 2º quarto. Só que dois arremessos certeiros do armador Greivis Vasquez da linha dos três pontos deixaram o Hornets em vantagem antes do intervalo: 46 a 44.

No segundo tempo, os visitantes conseguiam se manter na frente ao longo da partida, e o Bulls não encontrava um jeito para reagir. E assim foi até o fim. O Hornets obteve uma surpreendente vitória, lá dentro de Chicago: 89 a 82. É certo que o Bulls não contou com o seu principal jogador, o armador Derrick Rose, que está lesionado. Mas a equipe da Louisiana também não tinha Anthony Davis e Eric Gordon. E então? Qual foi o segredo para a nossa vitória? Simples, uma defesa fortíssima. Conhecido por armar sistemas defensivos eficientes, o técnico do Bulls, Tom Thibodeau, provou de seu próprio veneno diante dos zangões. Dessa vez, quem brilhou foi o treinador Monty Williams, e o Hornets limitou o rival a apenas 33% de suas tentativas de arremessos. O trio de grandalhões formado por Robin Lopez, Ryan Anderson e Jason Smith se alternava defendendo o nosso garrafão com muita competência, enquanto o armador Greivis Vasquez e o ala Al-Farouq Aminu davam poucos espaços para os “chutes” de longa distância. E o mais interessante é que todos também contribuíram no ataque – como vocês podem reparar no parágrafo abaixo. Portanto, o Hornets venceu jogando um basquete muito solidário: 2-1.

No vídeo abaixo, os highlights da vitória dos zangões em Chicago:

Os nossos principais destaques diante do Chicago Bulls foram o armador Greivis Vasquez (18 pontos e 6 assistências) e o ala-pivô Ryan Anderson (duplo-duplo, com 12 pontos e 13 rebotes), além dos gigantes Robin Lopez e Jason Smith (ambos com 16 pontos – Lopez também anotou 4 bloqueios).

* Confira aqui o Box Score (com vídeos) da partida contra o Bulls

É claro que nós ainda temos uma longa jornada pela frente, e que os altos e baixos irão acontecer. Afinal, assim é a NBA. Mas o time do Hornets vem jogando muito bem e deixando uma excelente impressão nesse início de temporada. Não há vaidades, e os caras acreditam mesmo no que estão fazendo. Que continuem assim! GO HORNETS!!!

* ANTHONY DAVIS: Após deixar o jogo no primeiro tempo contra o Jazz, ele não enfrentou o Bulls e deve ficar mais alguns jogos afastado. O ala-pivô do Hornets está com suspeita de ter sofrido concussão, e a nova política da NBA para esses casos prevê que o atleta precisa passar por uma bateria de exames afim de provar que o problema não retornará. Assim sendo, Davis não está liberado para voltar a jogar e precisa do aval de especialistas da liga. O jeito é aguardar um desfecho rápido para isso, pois o craque faz muita, muita falta ao nosso time. Aliás, o técnico Monty Williams não gostou nada da notícia…

* ERIC GORDON: De 4 a 6 semanas afastado. O motivo? “Algum tipo de problema” no joelho operado. Ele disse que precisa fortalecer e reabilitar o local (ora, será que não poderia ter feito isso nas férias?), mas nada é muito claro. Enfim, o fato é que o cara está fora de ação até meados de dezembro. E o comprometimento dele com o time? É outro ponto que também não está claro. Nem um pouco.

* AUSTIN RIVERS: O garoto é talentoso e infiltra bem. Contudo, não pode jogar como armador (ainda). Ele não sabe cadenciar o jogo, se afoba em muitos lances e tem sentido enorme dificuldade ao encarar o basquete profissional. Só para resumir, o filho do Doc está cru para a NBA. Mãos à obra, sr. Monty…